Da cave de casa rumo à exportação: A Godinho alia o passado e o futuro do design em artefactos de cimento
Conheça esta empresa de origem familiar, com sede na região da Mealhada, produtora de artefactos de cimento desde 1984.
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Foi criada por Carlos Godinho e pela esposa, que, inicialmente, fabricavam garrafeiras e tanques de lavar roupa na cave da própria casa. Posteriormente, começaram a trabalhar com silicones, mas a escassez de matéria-prima com que se confrontaram espoletou a sua criatividade e levou-os a serem muito multifacetados – ainda hoje recordam os primeiros tempos difíceis, em que os artigos com látex exigiam uma aplicação manual e contínua 24 horas sobre 24 horas, o que obrigava a um trabalha árduo e constante.
Atualmente, é o filho Diogo Godinho quem gere a empresa. Após ter tirado o curso de desenhador projetista, estudou Arquitetura e trabalhou como arquiteto. Mais tarde sentiu a necessidade de aprender mais sobre gestão e frequentou um MBA. Foi trabalhar para o Dubai, onde percebeu que estava a trabalhar para o sonho de outra pessoa. Decidiu que o seu caminho era contribuir para o desenvolvimento da Godinho. Hoje, diz-se bastante feliz por essa ter sido a sua opção na altura.
Produção
Os artefactos de cimento com desenho tradicional continuam a ter um espaço no mercado nacional e também são exportados para toda a Europa, com grande foco em Espanha e França, mas os grandes compradores são os EUA e o Canadá.
Nos últimos anos, apercebendo-se de que o gosto do consumidor estava a mudar, tiveram que encontrar uma forma de adaptar a sua oferta aos jardins mais contemporâneos. Foi assim que, somando à gama mais clássica que já existia, criaram budas e outras peças de design mais atual como fontes e outros elementos de água.
Novo design
Em 2016, após a chegada de Diogo Godinho à empresa, este começou a aperceber-se de algumas questões a melhorar, como o peso das peças ou até a estética das mesmas. Desenvolveram então uma nova coleção, Concrete Design, composta por peças com um design minimalista e
feitas com cimento de alta resistência. Esta nova fórmula de cimento permitiu reduzir a espessura e o peso do vaso e dar-lhe uma textura fina e suave ao toque. Apesar de o cimento ser comum mente associado a algo bruto e tosco, Diogo Godinho explica que o objetivo da coleção é dar-lhe um aspeto polido, sem o ser. Ao sair do molde, a peça já se encontra praticamente acabada e esse é também um dos fatores distintivos da produção.
O cimento utilizado é pigmentado, o que confere uma cor homogénea a toda a peça por dentro ou por fora. Começaram por usar o branco-natural e o antracite e, posteriormente, introduziram outras cores neutras e suaves, fáceis de combinar em qualquer tipo de ambiente. Existem floreiras, vasos e taças de grandes e várias dimensões, que têm uma grande procura por parte dos arquitetos e arquitetos paisagistas para projetos de hotéis, restaurantes e casas particulares. Existem agora três gamas de produtos: Mitologia clássica, Contemporânea e Minimalista.
Visão e futuro
Para um futuro próximo, a Godinho tenciona adicionar mais algumas cores a esta paleta oferecida atualmente e também criar mais modelos de design moderno, pois, segundo Diogo, há apetência no mercado para este tipo de produto.
Atualmente, os seus produtos estão presentes em vários garden centres um pouco por todo o país, pretendendo ter cada vez mais uma cobertura nacional. O mercado espanhol está em franca expansão com a abertura de vários pontos de venda neste ano e no próximo. O objetivo é afirmar a marca no mercado europeu cada vez mais como uma empresa exportadora.
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