Fique a conhecer as principais características desta praga e como combatê-la.
Praga
Icéria, Cochonilha australiana e pulgão branco, (Icerya purchasi).
Características
Praga muito comum nas zonas temperadas quentes, tropicais e subtropicais. Tem o aspecto de uma massa branca a que chamamos de “ovissacos”, com a forma cilíndrica e 15 sulcos longitudinais. Estes sacos protegem os ovos do calor e da chuva, etc. A fêmea mede 6-10 mm de comprimento e cor vermelho-alaranjado, com patas e antenas negras.
Ciclo biológico
Os machos são raros e as fêmeas adultas são hermafroditas e auto-fecundam-se. Ficam livres após a muda, da secreção cerosa, apresentando forma oval, achatada na fase ventral e convexa na dorsal. Ao fim de algum tempo, a fêmea cobre-se de cera e começa a formar o saco ovigero (com 200-400 ovos).
Antes de começar a postura, a icéria segrega a melada que durante o tempo seco condensa-se sob a forma de grandes massas brancas e semi-opacas que ficam agarradas ao insecto, cobrindo-o completamente. A primeira larva desenvolve-se ainda dentro do saco ovígero, durante dois dias.
Após este tempo, a larva passa para o período ativo, deslocando-se velozmente sobre a planta até encontrar o local onde se fixa (esta fase dura 1 dia). Depois de escolhido o local, a larva fixa-se e passa ao período de crescimento e alimentação que dura um mês, cobrindo-se com uma camada cerosa amarelada, verificando-se assim a primeira muda. Ao fim da terceira muda, tem origem a fêmea adulta que se fixa e alimenta, começando a postura. Nesta fase, a fêmea tem o corpo rugoso, amarelo-avermelhado, coberto por abundante substância cerosa que protege os ovos que tem o aspecto de areia vermelha muito fina. Depois da postura a fêmea morre. Em Portugal, existem três épocas de reprodução: fevereiro, junho e setembro.
Plantas mais sensíveis
Citrinos, sálvias, medronheiro, crisântemos, giestas, figueiras, hera, loureiro, palmeira, roseiras, amora silvestre, tojo, videira, etc.
Danos/sintomas
Enfraquecimento da planta, devido à sucção da seiva da planta e produzem um “veneno” ou toxinas salivares que podem matar a planta. A melada produzida por estes insectos dá origem ao escurecimento dos tecidos (fumagina), que ficam pretos e impedem a realização da fotossíntese.
Combate biológico
Prevenção/aspectos agronómicos
Utilização de material vegetal (principalmente sementes) certificado e sadio; Utilizar variedades mais resistentes; Remover e destruir (queimando) todas as plantas infectadas, não deixando resíduos no solo; Rotação de culturas (mais de 4 anos); molhar as sementes em água quente.
Pesticida biológico
Oxicloreto de cobre.
Luta biológica
Rodalia cardinalis M (semelhante à joaninha), cada colónia de 50 indivíduos dá para 30 árvores. São largadas na primavera e no outono.
Foto: Pedro Rau
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