Praga
Cochonilha de S. José, piolho de S José, (Quadraspidiotus (=Comstockaspis) perniciosus).
Características
Trata-se de uma cochonilha que mede 1,8 mm, de cor amarela limão (fêmea), com um escudo de cor cinzento escuro. Os machos têm o escudo mais pequeno de forma oval e cor cinzenta mais clara.
Ciclo Biológico
Passa o inverno sob a forma de ninfa, podendo também fazê-lo na forma adulta. O adulto aparece em maio e dá-se a fecundação, dando origem a cerca de 200-500 larvas que rapidamente se espalham pelas plantas, fixando-se nas partes mais tenras e ao longo das nervuras da folha. A segunda geração dá-se em julho-agosto e a terceira em setembro e outubro.
Plantas mais sensíveis
Pomoideas (peras, macãs) e prunoideas (pêssegos, ameixas) nespereiras, diospireiros, nogueiras e outras plantas arbustivas e arbóreas.
Danos
Coloniza o tronco, ramos e frutos. Nas folhas formam-se incrustações contínuas bem evidentes. A saliva tóxica é injetada na epiderme do fruto, provocando manchas de vermelhas.
Combate biológico
Prevenção/Pectos agronómicos
Podas no sentido de favorecer a luz e a circulação de ar no interior da copa; cortar (no inverno) os ramos e folhas onde a praga esteja em grande quantidade; reduzir a adubação azotada.
Luta química biológica
A pulverização com óleos de verão desencoraja a postura de ovos e deve ser feita em toda a árvore, no início do outono. A aplicação de “Neem” tem uma ação repelente sobre esta praga. Pode ainda fazer uma solução de sabão de potássio e álcool e pulverizar as cochonilhas, retirando-as mais tarde. Devem-se realizar estes tratamentos a partir de maio.
Luta biológica
As joaninhas do género Chilocorus bipustulatus, Cybocephalus rufifrons, C.nigritus, Lindorus lophanthae e Exochomus quadripustulatus são activos predadores das larvas. A Encarsia perniciosi (parasitóide), Prospaltella perniciosi, Aspidiotiphagus citrinus, Aphytis mytilaspidi, A. proclia e Agus spidiotiph, já foram testados em luta biológica com resultados aceitáveis, sendo lançados na primavera.
Foto: Pedro Rau
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