Revista Jardins

Como conjugar plantas na horta

Cultivar alimentos e jardinar são verdadeiros prazeres, e cada vez mais pessoas o fazem. Para ter sucesso a cultivar hortícolas e frutos em modo biológico, não chega ter espaço, uma exposição solar favorável ou preparar e fertilizar o solo recorrendo a composto orgânico. Há outros aspetos a considerar, como a conjugação entre plantas – consociações e a sucessão no terreno umas após outras – rotações.

As consociações ou associações de culturas são sistemas em que duas ou mais espécies de plantas estão suficientemente próximas para que haja uma interação. Essas interações, que podem ter efeitos negativos ou positivos, dão-se a vários níveis, tais como substâncias que são libertadas pelas partes aéreas e pelas raízes, que são espalhadas pelo ar, arrastadas pela chuva para o solo ou libertadas ao nível do solo.

As associações entre plantas favorecem:

As consociações visam ainda a possibilidade de um aumento de produtividade!

Porquê utilizar consociações?

A consociação de hortícolas com diferentes velocidades de crescimento também é comum (ex.: rabanetes ou alfaces entre cenouras, alfaces entre couves, nabos entre cenouras). Enquanto as plantas mais lentas se desenvolvem, as de ciclo rápido crescem e são removidas. Consociar plantas em que uma beneficia da sombra da outra também é possível, ex: milho e abóbora.

Três regras na escolha das associações de culturas

  1. A família a que a planta pertence: deve evitar –se consociar plantas que pertençam à mesma família, entre outros motivos, porque sendo da mesma família é provável terem os mesmos problemas fitossanitários como pragas e doenças.
  2. Evitar consociar plantas das quais se pretenda o mesmo tipo de produto, isto é, evitar juntar culturas que sejam ambas para produção de fruto ou ambas para obtenção de raízes ou tubérculos, etc. Entre outros motivos, porque é fortemente provável que compitam para o mesmo tipo de nutrientes.
  3. Tentar juntar plantas que explorem níveis diferentes de profundidade do solo, para evitar competição por nutrientes.

Leia também: Cultivar na horta: que plantas pode (ou não) combinar

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