AÇÃO AGORA – Vamos fazer acontecer
Este é um movimento global, por isso é que, em 2022, assumimos o movimento Planeta Consciente – Salve o Solo, pois este é um dos grandes problemas no momento. Como parte do movimento, estamos a tentar tocar 3,5 mil milhões de cidadãos em todo o mundo, para convencer todos os partidos políticos e governos a adotarem políticas de regeneração do solo de longo prazo.
Os números são a única moeda numa nação democrática, por isso, se 60 por cento do eleitorado falar, não há governo que o ignore.
Queremos que cada um de vocês se junte a este movimento. Assuma isto como o seu movimento e torne consciente esta nação e o resto do mundo que o solo sobre o qual estamos e caminhamos é a base da nossa vida; que a vida que acontece nos primeiros 30 a 40 centímetros do solo superficial é, na verdade, a base da nossa existência. Na verdade, somos uma consequência desta vida e não o contrário.
Cuidar do solo, garantir que a desertificação e degradação da riqueza do solo não aconteça é a responsabilidade mais vital que temos como geração de pessoas. Esta única coisa deve ser assumida como uma missão expressa por cada cidadão, por cada governo das muitas nações deste planeta. Sem garantir a riqueza do solo, estamos de certa forma a desistir da vida.
Morte da vida
O nível de degradação do solo que aconteceu nos últimos 50 anos é assustador porque, por exemplo, a biomassa de insetos diminuiu cerca de 80 por cento – isto é realmente a morte da vida. “OK, se os insetos morrerem, qual é o nosso problema? De qualquer forma, nós não gostamos dos insetos!” Esta é a atitude das populações urbanas. O que precisamos de perceber é que, se todos os insetos morrerem amanhã, em dois anos e meio a quatro anos e meio, toda a vida neste planeta terminará. Se todas as minhocas morrerem, teremos aproximadamente 18 a 30 meses. Se todos os micróbios morrerem hoje, bem, amanhã, tudo acabará. Suponha que não há vida microbiana no solo, bem, as árvores não sobreviverão, nenhuma das colheitas surgirá. Se todos os micróbios morrerem – estamos acabados. Mas a cada ano, em média, 27.000 espécies são extintas.
As agências das Nações Unidas, com dados científicos suficientes, afirmam que o planeta tem solo agrícola apenas para 80 a 100 colheitas. Isso significa que ficaríamos sem solo em 45 a 60 anos. Se isso acontecer, haverá uma grave crise alimentar no planeta.
O primeiro passo
Se queremos recuperar o solo, a primeira e principal narrativa que precisa de mudar no mundo é que ele é solo vivo, não material morto. Mesmo cientistas agrícolas, universidades e departamentos agrícolas ainda abordam o solo como material. A abordagem deles ainda é: “Só precisa de um pouco mais de nitrogénio, um pouco mais de potássio, um pouco mais de fósforo”. Não, não é disso que o solo precisa. O que o solo precisa é de organismos vivos.
Se queremos recuperar a biodiversidade, o mais importante é ter um solo rico. Solo rico, essencialmente, é uma consequência de mais material orgânico que entra no solo continuamente. E faça o que fizer, há apenas duas maneiras de colocar o conteúdo orgânico de volta no solo – resíduos vegetais e animais. Essas duas coisas devem estar disponíveis.
Chegou o momento em que precisamos de abordar o solo e tomar medidas corretivas agora. Se começarmos agora, em 15 a 25 anos, haverá uma reviravolta significativa. Mas digamos que esperamos mais 25 a 50 anos e então tentamos dar a volta por cima; dizem que pode levar até 200 anos para dar a volta por cima. E esse período será desastroso para os seres humanos enquanto espécie.
Sadhguru: “Geralmente, pensamos que riqueza significa petróleo, ouro ou diamantes. Mas se quiser que a próxima geração viva uma vida rica – não em termos de ações de mercado ou saldo bancário, mas em termos da vida que pulsa dentro deles –, o importante é ar puro, água pura e alimentos nutritivos. Para que tudo isso se torne possível, deve haver força no solo.
A nossa preocupação com o solo e o bem-estar humano não são coisas separadas. Estas são inseparáveis. O solo superficial, que tem uma média de 99 centímetros ao redor do mundo, é a base para 87 por cento da vida neste planeta, incluindo nós mesmos. Plantas, pássaros, animais, insetos e vermes – todos prosperam na riqueza do solo.
Quem somos agora é uma consequência da atividade viva que acontece no solo. Um punhado de solo tem mais de cinco a sete mil milhões de organismos. É desta vida microbiana que todas as outras formas de vida evoluíram neste planeta. Eles são as primeiras formas de vida e ainda estamos vivos hoje por causa deles. Mesmo agora, o que acontece no solo e o que acontece no biossistema do corpo humano não são muito diferentes. Se pegar em células individuais, 60 por cento do seu corpo são micróbios, apenas 40 por cento são células geneticamente influenciadas dos seus pais. Então, isto não é diferente do solo. A riqueza do solo e a riqueza da vida humana estão diretamente ligadas.”
Quem é Sadhguru?
Classificado entre as 50 pessoas mais influentes da Índia, Sadhguru é um yogi, místico e visionário. Best-seller do New York Times, recebeu o Padma Vibhushan pelo governo da Índia em 2017, o mais alto prémio civil anual concedido por serviço diferenciado e excecional. Está neste momento numa jornada solitária por 24 países (30.000 km) para trazer a questão da degradação do solo em foco em todo o mundo – conectando-se com líderes mundiais, celebridades, especialistas e muito mais ao longo do caminho.
“A nossa preocupação com o solo e o bem-estar humano não são coisas separadas. Se queremos recuperar o solo, explica Sadhguru, a primeira e mais importante narrativa que precisa de mudar no mundo é que ele é solo vivo, não material morto. O solo precisa de biodiversidade e vida dentro dele para que o resto da vida na Terra prospere. É por isso que, este ano, o movimento Planeta Consciente – Salve o Solo será lançado em todo o mundo para aumentar a visibilidade sobre a crise do solo moribundo e criar e acelerar mudanças políticas favoráveis ao solo.”
#SaveSoil
Mais informações:
https://consciousplanet.org/