O Aloé tem propriedades hidratantes, anti-inflamatórias, cicatrizantes, antibacterianas, actua como antioxidante natural e antiviral.
Nomes comuns: Aloé, babosa, babosa verde, babosa de jardim, aloé vera (do latim “Verdadeira”), aloé-de-barbados, aloé-do-cabo, Alóe-africano, aloé-capense, vara-do céu, Azebres.
Nome científico: Aloe barbadensis Miller ou Aloe vera (L.) (mais utilizada); A. Ferox Miller (fotografia); A. Vulgaris L.
Origem: África e Ásia
Família: Liliáceas (família dos lírios).
Características: Planta perene, arbustiva (1,5-2,0 m), raízes longas e folhas longas verde-escuras, bordos com fortes dentes espinhosos. As flores podem ser vermelhas, alaranjadas ou amarelas e são hermafroditas. Aparecem no começo da primavera, fim do Inverno e a sua haste pode elevar-se a 60-90 cm. As raízes desenvolvem-se mais ao nível superficial.
Factos históricos: No papiro de Ebers (1500 a.C.) encontram-se varias fórmulas à base da substância gelatinosa de aloés para tratamentos de saúde e beleza. Muitos historiadores afirmam que Cleópatra utilizava cremes de Aloé para realçar a sua beleza. Os soldados de Alexandre o Grande levavam cremes feitos desta planta como medicamento de primeiros socorros para curar ferimentos de guerra.
O uso do A. Vera como medicamento é feito há mais de 6000 anos pelos chineses. Há 2000 anos, o médico grego “Penadius Discorides” enumerou as utilizações desta planta que passavam por usos externos e internos. Na Península Ibérica, esta planta foi trazida para a Andaluzia pelos árabes, onde existiam grandes extensões desta planta para uso medicinal.
Ciclo biológico: Perene.
Variedades mais cultivadas: Aloé vera (A. barbadensis), aloe-de-barbados e aloe-do-cabo.
Parte comestível/utilizável: Seiva, látex ou gel (suco viscoso que se encontra no interior das folhas). As folhas podem ter até 70 cm e pesar 1,4-2,4 Kg cada uma.
Condições ambientais
Solo: Pouco exigente, mas prefere solos bem drenados e permeáveis (arenosos e areno-argilosos.) Não gosta de solos ácidos e muito ricos em matéria orgânica. O pH ideal vai de 5,5-7,5.
Zona climática: Tropical, Mediterrânica, árida (desértica) e subtropical.
Temperaturas: Óptimas: 20-25º C Temperatura critica mínima: 5º C; Temperatura crítica máxima: 45º C; Zero da vegetação: 0º C.
Exposição solar: Sol pleno. Humidade relativa: Baixa. Precipitação: 320 m³/ano.
Fertilização
Adubação: Com estrume de aves e vaca bem decomposto.
Adubo verde: Leguminosas.
Exigências nutritivas: 3:4:1 (azoto: fósforo: potássio).
Técnicas de cultivo
Preparação do solo: Mobilize o solo com uma subsoladora a 20-30 cm e no fim passar com o escarificador, para preparar o terreno para a plantação.
Data de plantação/sementeira: Primavera e verão.
Propagação: Por rebentos (filhotes) que saem da base da planta e do seu caule. Também pode cortar estacas e colocar em areia numa zona de sombra com pouca irrigação.
Compasso: 1 x 0,8 m ou 0,8 x 0,8 m.
Transplantação: Os filhotes em julho-agosto.
Consociações: Cultura que é efectuada em zonas áridas, longe da maioria das plantas.
Amanhos: Monda de ervas e “mulching”, com palha e casca de amendoim.
Regas: Só quando a seca for prolongada 150 ml/mês
Entomologia e patologia vegetal
Pragas: Cochonilhas e nemátodos.
Doenças: Podridão e fungos.
Acidentes: Não gosta muito de ventos fortes e geadas.
Colheita e utilização
Quando colher: Passados 12-18 meses, colhem-se as folhas com 25-50 cm, com uma faca no verão, sempre ao fim da tarde. As folhas podem ser colhidas 3 vezes ao ano, sendo arrancadas 2-3 folhas por planta.
Produção: Cada planta produz 15-30 folhas por ano e a produção pode chegar aos 12 ton/hectare.
Condições de armazenamento: Num cesto protegido do Sol, calor e humidade, durante 15-20 dias.
Valor nutricional: Boa dose de proteínas, 12 vitaminas e sais minerais.
Usos: Em iogurtes, champôs, detergentes e sumos.
- Medicinal: Tem propriedades hidratantes, anti-inflamatórias, cicatrizantes, antibacterianas, antioxidante natural e antivirais.
- Cosmético/dermatológico: Cremes para a pele, máscaras, champôs e bronzeadores.
Conselho de especialista: Adapta-se bem a zonas áridas, com pouca água das zonas Sul e Centro de Portugal (mais as zonas costeiras), onde as temperaturas não chegam a baixar dos 0ºC.
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