Revista Jardins

Defenda as suas árvores da processionária

Processionária
Processionária.

A praga da processionária do pinheiro está a multiplicar-se em Portugal e pode arrasar pinhais inteiros. Com a subida das temperaturas, esta praga é um grave problema em muitas zonas do país.

A processionária alimenta-se de qualquer espécie de conífera, como o pinheiro, os cedros ou os abetos, danificando de forma fatal as árvores afetadas. A urticária provocada pela lagarta-do-pinheiro também é muito perigosa, tanto para crianças como para animais de estimação.

Como combater a processionária?

De maio a junho

Nesta fase é necessário utilizar uma armadilha para que se interrompa o ciclo de vida das lagartas. Um produto que pode utilizar para este efeito é a Armadilha Processionária Natria-Bayer Garden. Basta  pendurá-la na árvore e as feromonas que possui atrairão o macho adulto para que este não fecunde os ovos. Recomenda-se colocar esta armadilha em maio/junho até novembro e guardá-la para reutilizar na temporada seguinte; basta recarregar com novas cápsulas de feromonas.

De agosto a outubro

Aplique o inseticida Bacilllus Thuringiensis. Este só produz efeito sobre as larvas, sobre as quais deve ser aplicado diretamente. Tome nota: as larvas que se encontram dentro do casulo estarão protegidas da aplicação direta do inseticida.

De novembro a janeiro  

Nesta altura deve aplicar inseticida com piretróide, como o Decis Protech da Bayer.

De fevereiro a abril 

Deve colocar anéis em volta do tronco da árvore para que estes impeçam as lagartas adultas de descer. É possível que alguma lagarta caia ao solo desde a parte superior da árvore.

Qual é o ciclo de vida da processionária?

A meados até final do verão, a borboleta põe os ovos nas agulhas dos pinheiros. Um mês depois nascem as larvas, que irão alimentar-se ativamente das partes mais tenras onde se encontram.

No outono e no inverno, as larvas alimentam-se dos pinheiros, deixando-os debilitados. Nesta época vêem-se os casulos onde as larvas se protegem do frio (quando as temperaturas não são suficientemente baixas, não se visualizam os casulos clássicos mas as larvas continuam a alimentar-se das partes tenras das árvores). As larvas poderão manter-se nas partes mais altas dos pinheiros, ou descer ao final da tarde à procura de alimento, regressando ao casulo para proteger-se do frio. Quando as larvas estão na parte inferior da árvore, é quando existe maior potencial de perigo, tanto para pessoas como para animais de companhia. O comportamento motivado pela curiosidade normal de um animal, leva-o a cheirar e assim inalar os pêlos urticantes. Além deste perigo as lagartas-do-pinheiro são potencialmente mortais se forem ingeridas.

No final do inverno, começam a aparecer as longas filas de lagartas adultas, sempre lideradas por uma lagarta fêmea. Descem até ao solo para se enterrarem e iniciar o processo de conversão em mariposa. Esta época adianta-se cada vez mais, devido às alterações climáticas que registam invernos menos rigorosos e longos. Por esta razão, é possível avistar a processionária já no mês de fevereiro.

Depois de se enterrar, a largarta-processionária permanece debaixo da terra até meio do verão, época na qual já em forma de borboleta sai (sobrevive somente 24 horas) para pôr ovos e iniciar o novo ciclo.

Fonte: SBM Ciencias para la Vida

Fotos: Koppert France

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