Revista Jardins

Diminua a pegada de carbono do seu relvado

relvados

 

Saiba os cuidados a ter na manutenção do seu relvado para a tornar amiga do ambiente.

 

Com as alterações climáticas como a causa das maiores preocupações ambientais, a redução dos gases que causam o efeito de estufa, entre eles o dióxido de carbono (CO2), assim como o sequestro do CO2, ou seja, a pegada de carbono de cada atividade tornou-se uma questão que nenhum de nós se pode dar ao luxo de ignorar.

Os relvados sequestram CO2 atmosférico e fixam-no no solo, através do seu sistema radicular, como carbono orgânico e esta capacidade é inerente à natureza da própria relva.

A reputação que muitas vezes e injustamente é associada aos relvados como produtores de carbono não vem na natureza do relvado, já que este por natureza sequestra carbono, mas sim da sua manutenção. A produção e libertação de CO2 não é feita pela relva, mas diretamente pelos equipamentos e indiretamente pelo processo de produção dos consumíveis utilizados na sua manutenção.

A manutenção do seu relvado pode assim ser trabalhada para fazer com que o seu relvado seja um sequestrador e não um produtor de CO2, contribuindo assim para reduzir a nossa pegada de carbono.

O que pode assim fazer para transformar o seu relvado num sequestrador de carbono e contribuir positivamente para a redução da nossa pegada de carbono?

 

Descubra como tratar dos principais “Problemas dos relvados”.

 

7 Conselhos práticos

 

Use adubos de libertação lenta e contribua para um melhor ambiente.

 

1. Instale a sua relva num terreno arenoso e bem drenado; uma boa base é sempre a melhor garantia de um relvado denso e saudável.

2. A operação de corte da relva com recurso a corta-relvas que utilizem combustíveis fosseis é das mais nefastas em termos de produção de CO2; assim, se substituir o seu corta-relva por uma movido a energia solar ou elétrico (direto ou por bateria), está a anular a produção direta de CO2 no corte da sua relva. O corte da relva deve ser feito a uma altura adequada às espécies que o compõem, executado com a regularidade necessária para eliminar 1/3 da folha e executado com a relva seca, sem recolha das aparas, que ficam assim espalhadas e se degradam naturalmente no relvado, libertando os nutrientes que contêm e que retornam à relva.

3. A produção de adubos minerais contribui para a libertação de CO2 para a atmosfera, assim, ao utilizarmos adubos minerais, estamos a ser responsáveis por essa emissão. Se utilizarmos adubos de libertação lenta, que permitem intervalos entre adubações três a quatro vezes superiores e adubos orgânicos, estamos também a diminuir o impacto das adubações no balanço entre sequestro e libertação de CO2, além de eliminarmos os picos de crescimento associados a adubos de libertação rápida, que conduzem a maiores necessidades de cortes.

4. A aplicação de fitofármacos deve recair sempre que possível em produtos biológicos. 

5. Utilize produtos orgânicos à base de algas, estimulantes de um sistema radicular denso e saudável.

6. A irrigação que proporcione apenas a água que a relva necessita para viver, sem encharcamentos, é outra forma de ser mais eficiente ecologicamente.

7. A manutenção de um relvado com níveis equilibrados de nutrientes, com alturas de corte adequadas e com necessidades mínimas de intervenção torna-o um contribuinte líquido no sequestro de CO2 e um redutor da nossa pegada de carbono.

Não se esqueça por isso que, como em tudo na vida, o papel do seu relvado na pegada de carbono é uma questão de equilíbrio. Cabe-lhe a si decidir em que lado da balança o seu relvado vai estar.

 

Curiosidades

 

Veja ainda o vídeo “Tudo sobre relvados”

 

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