De floração prolongada, de dois ou mais tons, e baixa manutenção, são uma opção de ornamental a considerar.
Numa das minhas caminhadas pela região Oeste, deparei-me com esta espécie na sua fase mais exuberante de floração. Da família Euphorbiaceae e do género Euphorbia, esta planta cresce de forma espontânea e está presente em grande parte do território de Portugal Continental, com maior desta que na região litoral centro e sul, sendo também encontrada no Nordeste Português. Esta planta está bem adaptada a diversos tipos de solo, preferindo, no entanto, aqueles que são ligeiramente calcários.
Esta é uma planta herbácea perene que pode formar pequenos arbustos, é uma planta suculenta que tolera bem o inverno, uma vez que produzas gemas de renovação ao nível do colo do caule principal. Como em todas as Euphorbia, quando se faz um corte da folha ou do caule, liberta um tipo de látex branco que pode ser tóxico ou irritante em contacto com as mucosas, pelo que se deve ter cuidado ao manusear, devendo-se usar luvas.
Trata-se duma planta que tem uma floração bastante prolongada, uma vez que acontece desde o final de janeiro ao final de junho, tornando esta Euphorbia muito atraente sob o ponto de vista ornamental. As inflorescências são botanicamente interessantes pelo facto de as flores femininas se apresentarem rodeadas de flores masculinas.
Porque falamos desta planta suculenta sendo ela uma espécie espontânea? Ultimamente, graças às técnica de melhoramento vegetal e à grande procura de plantas ornamentais resistentes, surgiram algumas versões desta planta, nomeadamente as variegações. Não são nada mais do que plantas com dois ou mais tons, provocados por alterações no seu ADN, modificando a expressão das moléculas da clorofila. São plantas estáveis, mas que ainda assim podem vir a manifestar crescimentos na sua forma ancestral.
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Condições de cultivo
Estas versões são bem mais ornamentais mas são igualmente de fácil manutenção. Apesar de serem plantas que se desenvolvem bem em condições de sol pleno ou de meia-sombra, necessitam de estar no exterior, podendo facilmente ser cultivadas em vaso ou no solo.
São plantas que resistem bem a podas ligeiras sempre que as gemas de renovação se encontrem desenvolvidas junto ao colo dos caules principais. Podem ser utilizadas em bordaduras, tendo a noção de que as variedades variegadas, por norma, são de crescimento mais baixo do que as versões verde.