Oriundas do Império Otomano (atual Turquia), as tulipas foram “adotadas” pela Holanda no século XVII. Os primeiros bolbos foram enviados por Ogier de Busbecq e cultivados pelo botânico Charles de l’Écluse, que as adaptou às condições climatéricas dos Países Baixos.
A febre das tulipas
Devido à sua beleza inconfundível, as tulipas não demoraram muito até se tornarem a flor da moda. Cobiçada por todos, fossem de que classe social fossem, todos queriam ter e exibir as mais raras variedades de tulipas. Eram vistas como um sinal de luxo e classe social. Originou-se assim, aquilo a que se chamou uma “febre” ou mania pelas tulipas na História dos Países Baixos.
As tulipas passaram a ser trocadas por terras, animais valiosos e até casas em Amesterdão. No ano de 1623, um simples bolbo de uma variedade famosa de tulipa poderia chegar a custar muitos milhares de florins neerlandeses, e até chegaram a ser cotadas na bolsa de valores. O comércio desta flor disparou de tal forma, que um bolbo passou a ser vendido a um preço equivalente a 24 toneladas de trigo. O bolbo Semper Augustus bateu o recorde de vendas, tendo sido comprado por 6.000 florins, em Haarlem.
Nesta altura surgiram ainda locais, do género de tabernas e bares, onde os participantes podiam especular sobre o mercado das tulipas bem como negociar bolbos que tinham acabado de plantar ou tencionavam plantar através de contratos. O fenómeno acabou por ficar conhecido como windhandel, em português o “negócio de vento”.
Em 1637, o mercado começou a decair. Os vendedores deixaram de conseguir inflacionar os preços e a procura pelas tulipas e os contratos começaram a diminuir.
Da realidade à ficção: sugestão
Uma história, ainda que romantizada, desta ‘tulipomania’ é o filme “A Febre das Tulipas”. Um filme repleto de emoções e que permite ao espetador compreender o contexto económico e social vivido na altura. Para saber mais, assista ao trailer em baixo.
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