Rica em ácido cítrico, vitaminas A, B9, C e E, tem grandes quantidades de bioflavonóides, sendo o citrino mais ácido de todos.
Variedades mais cultivadas
As limas podem ser de variedades ácidas (mais utilizadas) – “Mexicana”, “Everglade”, “Palmello”, “Bearss”, “Pond”, “Tahiti” (as três últimas variedades são frutos maiores, sem sementes e mais resistentes ao frio), “Sutil”, “Galego” – ou variedades doces – “Mediterrâneo”, “Índia”, “de Tunes”, “Persian”, “Lima de Umbigo”, “Palestina”, “Kusaie”, “Dourada”, “Sweet”, “Otaheite”, etc.
Parte comestível: O fruto de cor verde e forma oval de polpa verde-amarelada.
Condições ambientais
Zona climática: Temperado ou subtropical.
Solo: Adapta-se a quase todos os tipos de solo, incluindo os alcalinos (embora o pH ideal seja entre 6-7), mas prefere os de textura arenosa, silico-argilosos com boas quantidades de húmus ou franco-arenosos, profundos e bem drenados.
Temperaturas: Ótimas: 25-31 °C. Min: 10-12 °C. Max: 47 °C.
Paragem do desenvolvimento: 11 ºC. Morte da planta: -5 °C. A soma das temperaturas inferiores a 12,5 °C deve ser menor que 2600 °C, sendo uma planta que precisa mais horas de calor.
Exposição solar: 8 a 12 horas.
Ventos: Inferiores a 10 km/h. Quantidade de água: 1000-1500 mm/ano, sendo 600 mm de maio-outubro.
Humidade atmosférica: 65-70%.
Fertilização
Adubação: Estrume (cavalo, frango ou caprinos), farinha de ossos, composto e terra vegetal e alguma cinza de madeira. Deve ser feita no outono. Pode-se aplicar adubo líquido à base de extrato de algas marinhas pelo menos uma vez por mês.
Adubo Verde: Ervilhacas (Vicia sativa), garroba (Vicia monanthos), o gero (Vicia Ervilia), a fava-cavalinha (V. faba L ssp. Minor Alef), o chícharo-de-torres (Lathyrus Clymenum), o feijão-bezugo (Vigna sinensis), mostarda, trevo-de-cheiro, soja, bersim, tremocilha e luzerna, etc.
Devem ser semeadas no outono, para serem enterradas quando atingirem a floração, caso seja possível.
Exigências nutritivas: 3:1:5 ou 2:1:3 ou 4:1:2 +Ca + Fe (N:P: K- azoto: fósforo: potássio mais cálcio e ferro).
Técnicas de cultivo
Preparação do solo: Nivelar o solo (bulldozer), depois efetuar uma mobilização profunda (surriba a 0,70 m). Realizar uma gradagem para regularizar o terreno.
Multiplicação: Por enxerto (borbulha de escudo ou canudo) em diferentes porta-enxertos (limoeiros, laranjeira azeda e mandarinas), desde abril-maio. Também se pode propagar por sementes ou estacas.
Data de plantação: Início da primavera ou no outono.
Compasso: 4 x 5,5 ou 4,5 x 6,0 m.
Amanhos: Podas de limpeza (apenas os ramos ladrões, os rebentos do porta-enxertos e os ramos mortos ou doentes) no fim do inverno; quase todas as variedades são enxertadas em laranjeira amarga ou limoeiros.
Regas: Deve ser de rega localizada (gota a gota). No mínimo, a árvore precisa de 30 m3/árvore/ano de água, que são repartidas em 10 regas de 3 m3.
Entomologia e patologia vegetal
Pragas: Pulgão ou afídeos, cochonilhas, mosca-da-fruta e mosca-branca, ácaros, lagarta-mineira e nemátodos.
Doenças: Fumagina, vírus da tristeza, psoríase, gomose, antracnose, etc.
Acidentes/carências: Morrem com geadas fortes e temperaturas baixas. Em Portugal, é normal terem carências de ferro (Fe).
Colheita e utilização
Quando colher: A principal colheita da lima faz se de outubro-março. Colhe-se quando o fruto está completo (47-65 mm de diâmetro) e a cor fi ca verde-azeitona.
Produção: A limeira começa a produzir ao 3.º ou 4.º ano, para aumentar rapidamente até ao 15.º ano. Cada planta produz 120-150 kg/ano. Condições de armazenamento: Podem ser armazenados a 4-5 ºC e humidade de 90-95% durante 20-30 dias.
Aspetos nutritivos: Rica em acido cítrico, vitamina A, B9, C e E, tem grandes quantidades de bioflavonóides, sendo o citrino mais ácido de todos. Contém potássio, cálcio e fósforo.
Usos: Sumos, gelados, cocktails (caipirinha, margarita) e outros refrescos. Serve para temperar e amaciar carne e peixe. Dela também se extrai o óleo da casca.
Leia mais: Mousse de lima e chocolate branco
Medicinal: Ajuda no combate a gripes e constipações, a lima aumenta a resistência física e combate o cancro.
Conselho de especialista: Trata-se de uma planta pouco explorada em Portugal, sendo uma cultura boa para zonas litorais, mais quentes e protegidas das geadas.
Em relação ao escoamento, é um pouco menor (colheita no outono-inverno), pois esta fruta é muito vendida aos bares e restaurantes para fazerem cocktails, sendo consumida mais no verão e primavera (vinda do Brasil).
Gostou deste artigo? Então leia a nossa Revista, subscreva o canal da Jardins no Youtube, e siga-nos no Facebook, Instagram e Pinterest.