Revista Jardins

Método biológico da pereira

Nomes Comuns: Pereira

Nome cientifico: Pyrus communis

Origem: Europa Oriental e Ásia Menor

Família: Rosáceas

Factos Históricos: Foram encontrados vestígios da Pereira “domesticada” (P. communis), em escavações arqueológicas que datam de 3000 anos a.C.. Os romanos difundiram e melhoraram esta cultura.

Descrição: Trata-se de uma árvore de crescimento lento de pequeno porte (máximo de 8-10 m), de folha caduca com a copa de configuração oval e sistema radicular penetrante.

Polinização/fecundação: A maioria das variedades é autoestéreis, precisando de variedades polinizantes, para efectuar polinização cruzada.

Ciclo biológico: A pereira tem um período de vida de 60-65 anos, tendo a plena produção entre os 8-50 anos. O desenvolvimento das gemas, dá-se de abril a julho e a fase da frutificação, vai desde julho até à queda das folhas em outubro, seguindo-se o descanso até a abril do ano seguinte.

Variedades mais cultivadas: Lawson, Beurré, Morettini, D. Joaquina e Rocha (Portuguesas), Carvalhal, Favorita William’s, Triomphe Vienne, Beurre Hardy, Comice, Abate Fétel, Conference, Kaiser, Lawson, Morettini, Condesa de Paris e Passe Crassane.

Parte Comestível: O fruto.

Condições ambientais

Tipo de Clima: Temperado (a maioria das cultivares precisa de 600-1100 horas abaixo de 7,2ºC).

Solo: Prefere solos de textura franca, profundos com pH ligeiramente acido de 6-7.

Temperaturas: Óptimas: 11-15ºC; Min: -20ºC; Máx: 40ºC; Temperatura durante a floração: > que -1

Paragem do Desenvolvimento: -29ºC .

Exposição Solar: Plena.

Ventos: Dificuldades em suportar uma brisa forte.

Quantidade de água: 900-1500 mm/ano.

Fertilização

Adubação: Estrume de bovino, ovelha e guano. Também podemos adubar com algas frescas, bagaço de azeitona e de uva e farinha de sangue.

Adubo verde: Azevem anual, colza, facélia, favarola, tremoço, trevo branco e luzerna

Exigências nutritivas: Tipo 14-1-10  (N-P-K). Os microelementos mais necessitados são o cálcio, ferro, boro, manganés e magnésio.

Técnicas de cultivo

Preparação do solo: Lavrar o solo superficialmente (máximo de 15 cm de profundidade) com uma ferramenta do tipo “actisol” ou uma fresa.

Multiplicação: Quase todas as variedades são enxertadas num porta-enxerto, sendo o enxerto de escudo (agosto-setembro) e fenda (fevereiro-março) os mais utilizados.

Data de plantação: As árvores jovens, devem ser plantadas em novembro-fevereiro.

Compasso: 4-5 m na linha e 6-7 m entre as linhas.

Amanhos: Tutorar a árvore nos primeiros 3 anos; Poda de frutificação (desde dezembro até março); O “mulching”, com folhas, palha, composto e relva cortada podem ser aplicados nas linhas da cultura; Monda, ficando 6-8 frutos por metro de ramo

Regas: Devem ser feitas regas (2-3 por mês) nos meses de julho e agosto. Gastando 600 litros/árvore. O sistema de rega deve ser gota-a-gota (rega localizada).

Entomologia e patologia vegetal

Pragas: Afídeos, piolho de São José, bichado, ácaros, zeuzera e psila.

Doenças: Fogo bacteriano, cancro comum, mumificado do fruto e pedrado.

Colheita e utilização

Quando colher: Colhe-se geralmente, contando os dias depois da floração, que no caso da pêra rocha, são 130-140. A dureza do fruto (avaliada por um penetrometro) também pode ser um índice de avaliação, que neste caso situa-se nos 66,5 Kg/cm². O grau Brix (açúcar), pode medir-se com um aparelho e deve situar-se no 11-13. A época da colheita pode ir de julho-outubro.

Produção: 40-50 Kg/ano/árvore adulta.

Condições de armazenamento: -1 a 0ºC com 93% de HR e 3% de COe 3% de O2. O tempo de conservação vai de 4 a 6 meses.

Usos: Geralmente come-se como fruto, mas também se podem fazer varias sobremesas (peras bêbadas e tartes) e gelados.

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