Revista Jardins

Método biológico do maracujá

Nomes comuns: Maracujá, granadilha, fruta da paixão.

Nome científico: Passiflora edulis

Origem: Brasil.

Família: Passifloraceae

Factos históricos: As flores inspiraram poetas, prosadores e historiadores, por verem simbolizada a paixão de Jesus Cristo. Em inglês, a fruta chama-se “passion fruit”, nome que foi dado por missionários espanhóis ao verem a flor durante as festividades da Páscoa.

Ciclo biológico: Perene, mas é aconselhável substituir a planta aos 4 anos.

Espécies mais cultivadas: Maracujá roxo (P.edulis sims), maracujá amarelo (P. edulis var. flavicarpo Deg.), Maracujá gigante (P. quadrangularis L.) e maracujá banana (P. mollissima Bailey). Dentro de cada uma destas variedades existem muitos cultivares. Em Portugal o Maracujá de São Miguel (Açores) (Espécie roxa) é o mais conhecido.

Parte comestível: O fruto que contem uma polpa muito aromática.

Condições ambientais

Solo: Boa drenagem, adapta-se a solos arenoso, limo-arenosos e argilosos-calcários. Prefere solos férteis com boa quantidade de húmus e profundos com pH entre 5,4-6,8.

Temperaturas: Óptimas: 26-27ºC Min: 21ºC Max : 33ºC.

Paragem do desenvolvimento: -2ºC.

Exposição Solar: Mais de 11 horas de luz.

Quantidade de água: 900-1.400 mm/ ano.

Humidade relativa: Deve ser baixa a moderada.

Fertilização

Adubação: Com estrume de coelho ou pato bem decompostos. Pode ainda fornecer cinza de madeira e composto. Deve-se aplicar calcário Dolomítico para fornecer OCa.

Adubo Verde: Feijão, amendoim, soja, milho, sorgo e o trigo.

Exigências nutritivas: 3:2:1 (3 de azoto 2 de fósforo: 1 de potássio).

Técnicas de cultivo

Polinização e frutificação: Todas as variedades florescem durante o verão. O maracujá amarelo é autostéril (precisa de outra planta para haver polinização cruzada) e o maracujá roxo é autofértil. Em ambos os casos a polinização só é verdadeiramente conseguida por meio dos insectos (abelhas e vespas).

Preparação do solo: Fresar o solo até aos 25 cm de profundidade.

Multiplicação: Colher o fruto bem maduro, deixar enrugar e semear as sementes contidas no seu interior no alfobre. A semente germina em 15 dias.

Plantação: Deve ser feita a transplantação no início do outono, quando as plantas tem 20 cm de altura, abrindo covas com 40 cm de profundidade.

Compasso: 3,5 m x 4,5 m.

Amanhos: Tutoramento: com estacas de madeira grossa com 1,5-2 metros de altura colocando arames de 40 cm a 40 cm.

Poda: (obter um ramo único com ramificações a partir dos 70-80 cm) deve ser feita depois da frutificação, cortando os ramos secundários a 2 gomos.

Monda de ervas: Deve ser manual ou utilizando um lança-chamas a gás. “Mulching”: Aplicar uma camada de palha, no Inverno para proteger a planta.

Regas: Por gotejamento (gota-gota) na primavera e verão.

Entomologia e patologia vegetal

Pragas: Nemátodos, ácaros, cochonilhas, afídeos e Mosca da fruta.

Doenças: fungos (Fusarium, Pythium e Thielaviopsis) e Virus (V. do mosaico do pepino).

Colheita e utilização

Quando colher: Quando o fruto adquire a sua tonalidade final (roxo, amarelo, etc.). Espera-se que caia no chão. Desde meados do verão até ao fim do outono.

Produção: Começa a produzir entre os 9-15 meses, sendo o 2º e 3º ano os mais produtivos. A planta pode ter uma vida produtiva de 7 anos. Cada planta pode produzir 200-400 frutos/ano e ter uma produção de 12 a 30t/ha.

Condições de armazenamento: 48ºC de temperatura e 85-90 % humidade relativa, durante 15-30 dias.

Usos: Comer em fresco ou em sumos, gelados, iogurtes, infusões, cocktails e alguns doces.

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