Revista Jardins

Mosquitos, como prevenir e combater

Uma das pragas mais incómodas e que é importante controlar para que não provoque problemas graves de saúde pública.

Os mosquitos serão das pragas urbanas que maiores incómodos causam, e os períodos do ano com temperaturas elevadas acompanhadas de chuva favorecem o aumento da dinâmica populacional destes insetos. Com as crescentes preocupações no que respeita a saúde pública, é agora mais importante que nunca evitar que as populações de mosquitos aumentem de forma descontrolada e provoquem diversos tipos de situações desagradáveis.

É assim fundamental compreender as medidas que estão na origem destas espécies de forma a ser possível prevenir o seu aparecimento em quantidade nestas épocas do ano.

Espécies de Mosquitos

Aedes aegypti

O inseto adulto tem listas pretas e brancas. Após a cópula, a fêmea executa diversas picadas para ingerir sangue o qual lhe é essencial para a maturação dos ovos. Efetua as posturas em represas artificiais com água preferencialmente limpa, tais como vasos, tanques, preferindo cores mais escuras.

Os ovos são pretos e têm a forma de uma bola de râguebi. As larvas eclodidas mantêm-se num ângulo de 45o sob a superfície da água respirando por um sifão. Demoram apenas entre 6-8 dias para concluir as fases de desenvolvimento desde o ovo até à fase adulta. Conseguem voar apenas distâncias curtas (50 a 100 metros). As picadas das fêmeas são mais recorrentes nas alturas de mudança de luminosidade, ou seja, após o nascer do sol e antes do pôr do sol.

Culex tritaeniorhynchus

Os adultos possuem o tórax, as pernas e as nervuras das asas sempre cobertos por escamas castanhas, sendo a sua coloração pouco viva e sem brilho. Apresentam uma transição brusca da forma na extremidade do abdómen. Uma vez ocorrida a cópula, as fêmeas também ingerem sangue para completar a maturação dos ovos. As posturas ocorrem principalmente em campos de arroz, esgotos e outras águas estagnadas e poluídas.

Os ovos são castanhos, longos e cilíndricos. Ficam na posição vertical à superfície da água em aglomerados de 300 ovos. Estas posturas podem ter entre 3-4 mm de comprimento por 2-3 mm de largura.

As larvas eclodidas mantêm-se num ângulo de 45o sob a superfície da água, respirando por um sifão. Completam as fases de ovo até à fase de inseto adulto entre 6-10 dias. Voam grandes distâncias. As picadas verificam-se durante a noite e costumam repousar no interior antes e depois das refeições de sangue. É o principal vetor da encefalite B japonesa.

Anopheles spp.

Os adultos ostentam marcas pálidas e escuras nas asas. Em descanso, adotam uma posição num ângulo de 45o em relação à superfície em que pousam. Após a cópula, a fêmea executa diversas picadas para ingerir sangue, o qual é essencial para a maturação dos ovos. Efetua as posturas entre 50 e 100 ovos em represas artificiais com água limpa, preferindo cores mais escuras.

Os ovos medem cerca de 1 mm e têm flutuadores nos lados. As larvas, após a eclosão, mantêm-se na horizontal sobre a superfície da água. Demoram entre 6-10 dias para chegar do ovo à fase adulta.

As picadas ocorrem durante a noite e descansam quer em interiores que no exterior. Trata-se do principal transmissor da malária.

Sciaridae

Os adultos medem entre 5-7 mm, e a tonalidade do corpo varia entre o cinzento e o preto. As fêmeas depositam entre 100 e 300 ovos, sendo que demoram entre 4-6 dias a eclodir. As larvas esbranquiçadas a transparentes e com cabeça negra brilhante possuem cerca de 5,5 mm de comprimento e alimentam-se durante 12 a 14 dias. As larvas podem danificar as raízes das plantas de canteiro. A fase de pupa dura até seis dias, após os quais emergem os adultos, que vivem entre 7-10 dias. As espécies desta família de mosquitos não são voadores exímios, sendo comum serem observados a correr ao longo das superfícies das plantas.

Controlo

Colocar redes mosquiteiras nas janelas é uma medida que limita o acesso dos insetos ao interior das habitações. Ao início do crepúsculo, é importante manter as janelas e portas fechadas e/ou limitar a luminosidade com cortinas. No exterior das habitações, deve ser tida em conta a necessidade de limitar o acesso à água parada de forma a inviabilizar as posturas. Existem alguns repelentes naturais como a citronela, a hortelã, o crisântemo, o manjericão, o alho, a lavanda e o alecrim.

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