Revista Jardins

Phalaenopsis cornu-cervi: beleza e elegância em ponto pequeno

Flor tipo

Esta é uma daquelas orquídeas que normalmente os colecionadores compram quando começam  a descobrir o vasto mundo que é a orquidofilia e constatam que há muito mais Phalaenopsis do que as que se compram nos supermercados.

E assim é, de facto, esta Phalaenopsis não é um híbrido criado e produzido massivamente para o mercado mas sim uma espécie oriunda da Ásia. Encontrada a crescer em troncos de árvores em florestas densas da Índia; Laos; Tailândia; Vietname; Malásia e das ilhas de Java; Bornéu; Sumatra e Filipinas até aos 1000 metros de altitude.

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História

Foi descrita pela primeira vez pelo biólogo holandês Jacob Gjisbertus Samuël van Breda, em 1827, como Polychilus cornu-cervi e posteriormente, em 1860, a sua classificação foi revista e a espécie foi colocada no género Phalaenopsis, sub-género Polychilus.

Em 1864 o Reverendo C. S. Parish foi o primeiro a trazer vários exemplares vivos para a Inglaterra e aí foram cultivados pela primeira vez na Europa. A planta tem crescimento monopodial, com folhas verdes, brilhantes e grossas, largas e alongadas, atingindo no máximo os 25 cm de comprimento.

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Características

As hastes florais são achatadas e verde claras, nas quais vão abrindo flores sucessivamente, podendo a planta estar florida todo o ano mas raramente com mais de três flores por haste abertas em simultâneo. Só se cortam as hastes florais quando estas secam, se se mantiverem verdes, podem sempre voltar a florir. As flores são perfumadas e têm cerca de 5 cm de tamanho.

As pétalas e sépalas, ovais e pontiagudas, estão dispostas em forma de estrela. A flor tipo tem uma cor amarelo dourada com pontos castanhos ou vermelho escuros existindo no entanto muitas variações da cor desde a alba (flor amarelo-esverdeado) até à vermelho escura.

Variação alba

Cultivo

O cultivo desta orquídea é relativamente fácil e não varia muito do cultivo das Phalaenopsis híbridos mais comuns. É o que nós chamamos de ‘orquídea de interior’, ou seja, deve ser cultivada em ambientes temperados a quentes e não sobrevivendo às temperaturas frias do nosso país no inverno.

Deverá ser cultivada numa estufa aquecida ou nas nossas casas em locais com temperaturas amenas (idealmente entre os 16 e os 28 graus). Por ser uma orquídea epífita, pode ser cultivada em vaso, idealmente de plástico transparente, em cesto de madeira ou montada num pedaço de cortiça.

O substrato será composto de uma mistura de casca de pinheiro média, fibra de coco grossa e um pouco de perlite. É uma planta que gosta de estar constantemente em contacto com alguma humidade mas nunca com o substrato empapado em água.

A constituição do meio de cultivo de pedaços de tamanho médio (2 a 3 cm) permite que haja uma boa drenagem no vaso ou cesto e evita a acumulação excessiva de água nas raízes, não correndo assim o risco de apodrecerem sendo normalmente fatal para a planta.

As florações podem ocorrer durante todo o ano mas acontecem mais frequentemente da primavera ao outono. São plantas muito generosas, produzindo várias hastes florais ao mesmo tempo e, em plantas maduras, aparecem keikis (filhotes) basais. Com o tempo e bom cultivo, estas Phalaenopsis tornam-se bonitos exemplares permanentemente floridos.

Veja o vídeo: Como reenvasar uma orquídea Phalaenopsis

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