Revista Jardins

Plantas na vertical

Da mesma forma que pode plantar no jardim árvores altas ou matas rechonchudas e colocar rasteiras no solo, também pode tirar partido das trepadeiras: enchem de vida as zonas altas sem fazer perder, sequer, um centímetro de terreno.

Hera

Hera: Uma parede à sombra.

Para muitos aficionados, hera (Hedera helix) significa trepadeira. E isso é verdade até certo ponto. Porque embora existam muitas espécies distintas para o jardim, algumas com flores muito bonitas, o mundo das heras é muito extenso, com variedades de folhas grandes, médias e pequenas; verdes, brancas, amarelas e creme; lenhosas e herbáceas. O que têm todas estas heras em comum é a necessidade de sombra, onde crescem para engalanar as paredes e os muros.

Glicínia

Glicínia: Suportes fortes

Se tivermos que dar o conselho básico sobre a glicínia, (Wisteria sinensis), trepadeira romântica por excelência, diríamos que a plante junto a suportes muito potentes, porque muito potentes são os seus ramos lenhosos com 15 a 20 cm de grossura em 4 a 5 anos, que chegam a dobrar, inclusive, ferro delgado. Além disto, desfrute dos raminhos com espigas perfumadas de flores azuis ou brancas, que aparecem na primavera, mesmo antes das folhas.

As plantas trepadoras evocam, de imediato, as selvas africanas do Índico, onde teriam lugar as aventuras de Tarzan, da sua companheira Jane e da mascote de ambos, Chita. Este herói da ficção cinematográfica percorria a selva em lianas, filodendros, ficus deltoides, poachiras e jatrophas, sempre perseguido por algum inimigo ou animal de grande porte. Foram estas imagens, assim como as das pérgolas inglesas cobertas de glicínias, que criaram na nossa mente a noção do que é uma trepadora.

Agora, vamos desvendar alguns “segredos” destas espécies tão diferentes entre si, com tantas formas, tamanhos, cores e hábitos. Talvez a característica que as distingue mais seja o modo de crescer em estruturas verticais.

Como acha que trepam as glicínias ou as madressilvas? Enrolando os ramos a barras e pilares. E a parra virgem e as ervilhas-de-cheiro? Emitindo argolas que se enroscam a ramos de outras plantas, arames ou aderem como ventosas às paredes. E as rosas e framboesas? Com uma espécie de arpões que cobrem qualquer superfície.

Clematite

Clematite: Tutores nos primeiros anos

Em qualquer viveiro é possível encontrar clamatites (Clematis) de todas as classes: caducas e persistentes, de flor primaveril e estival, de cores lisas ou jaspeadas e de tamanho reduzido (até 1,5 – 2 m) ou gigantes (3-4 m e mais). Quais as mais utilizadas? A azul jackmanni e a jaspeada em vermelho e branco “Nelly Moser”. Tenha em conta que as clematites não gostam de calor, por isso vigie o Sol direto. Nos primeiros anos necessitam de tutores.

Buganvília

Buganvília: Espinhos inexpugnáveis

Esta planta oriunda das selvas brasileiras alcançou todos os litorais do Planeta com a sua cor resultante das brácteas que acompanham pequenas flores creme. A chave do êxito da buganvília (Bougainvillea glabra), além da sua beleza, encontra-se na enorme resistência à seca, insolação e calor, além das suas potentes defesas em forma de espinhos inexpugnáveis. Necessita suportes muito sólidos e poda de 4 em 4 anos.

Parra virgem

Parra virgem para muros e fachadas

Esta é a sua trepadora se gosta do outono, porque com o frio as suas folhas ganham uma maravilhosa coloração vermelha que aliada ao suporte (por exemplo, a fachada de uma casa), pode tornar o ambiente quente. Existem duas parras virgens (Parthenocissus): as de três pontas (tricuspidata), que trepa por muros e fachadas e a de cinco, que prefere descer por essas mesmas estruturas.

Jasmim

Jasmim nas zonas de passagem

O jasmim real (Jasminum grandiflorum) é uma das trepadoras que se fazem notar ao entardecer dos dias de verão. A sua fragrância é tal que até os mosquitos ficam atordoados e deixam de picar, regressando ás águas pantanosas. Plante este jasmim junto de uma zona de passagem. O jasmim não gosta de frio, excepto as variedades Jasminum nudiflorum e o chinês Trachelospermum jasminoides.

As mais adequadas para…

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