Revista Jardins

Principais pragas e doenças das plantas aromáticas #2

Sendo a biodiversidade de plantas aromáticas mediterrânicas bastante expressiva, facilmente se percebe a sua importância na dieta mediterrânica. Na edição anterior, dedicámos algum tempo à explanação de alguns dos principais agentes bióticos destas plantas.

Na presente edição, damos continuidade à exposição das principais pragas e doenças das plantas aromáticas.

Míldio

Peronospora destructor

O sintoma inicial é a ocorrência de cloroses nas folhas e nas hastes, evoluindo para uma mancha amarelada no sentido do comprimento da folha. Posteriormente, surge sobre essas lesões uma massa colorida, às vezes rosa/violeta ou bege, ou acinzentada. As folhas tornam-se quebradiças sobre estas lesões.

Será importante evitar áreas sujeitas a nevoeiros, assim como os terrenos com má drenagem.

A plantação em compassos mais largos, favorecendo o arejamento, é também uma medida importante. Existem diversos fungicidas homologados para o efeito.

Septoriose

Septoria melissae

A doença expressa-se ao nível das folhas através da presença de manchas cloróticas de tonalidade castanha-escura. As manchas de pequena dimensão e geralmente em grande quantidade ocorrem entre as nervuras das folhas. Como forma de controlo da doença deve-se evitar molhar as folhas e plantar com maior espaçamento entre as plantas.

Ferrugem

Puccinia menthae

Esta doença caracteriza-se pela presença de pontuações de cor ferrugínea que cobrem as folhas desta planta e que se manifestam sobretudo na página inferior das folhas. A doença é favorecida pela presença de humidade nas folhas associada à deficiente ventilação. Gerir a humidade, nomeadamente através da rega, é uma medida extremamente importante para controlar esta doença. Existem diversos fungicidas homologados para o efeito.

Oídio

Erysiphe salvia

Caracteriza-se pelo aparecimento de manchas pulverulentas de tonalidade esbranquiçada a acinzentada. Em situações mais críticas, verifica-se a ocorrência de necroses foliares. As fortes amplitudes térmicas (diurnas e noturnas) e o vento favorecem o desenvolvimento do fungo.

Como forma de controlo dever-se-á evitar de forma recorrente o uso de adubos azotados bem como as regas por aspersão. A remoção de folhas infetadas e a plantação em compassos mais alargados diminuem a humidade e favorecem o arejamento.

Cuscuta epithymum

Trata-se de uma planta parasita bastante comum em Portugal. Coloniza diversas espécies arbustivas de matos mediterrâneos, incluindo o tomilho.

Uma vez instalada sobre o hospedeiro, insere os seus apêndices no seu sistema vascular, sugando os seus nutrientes. Esta planta anual produz uma grande quantidade de semente, podendo assumir-se como invasora, formando “tapetes” filamentosos que chegam a cobrir por co•mpleto as plantas hospedeiras.

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