Revista Jardins

Uma planta, uma história: Árvore-da-prata

Leucadendron argenteum

 

Proteu, lendário deus grego dos mares, recebeu de Neptuno, seu pai, o dom da profecia. Para escapar aos que o perseguiam com perguntas, mudava de forma.

Em 1735, Lineu, ao observar 24 gravuras de plantas da África do Sul, convencido serem todas do mesmo género, classificou-as como Protea, tendo como referência Proteu e as suas diferentes formas.

Com o avanço dos estudos de sistemática, essas plantas continuaram a pertencer à família Proteaceae, mas as diferenças morfológicas justificaram a criação de géneros diferentes. Esta família divide-se em 62 géneros, que agregam 965 espécies, distribuídas pela África, Austrália e América do Sul.

 

Características

Nome científico:  Leucadendron argenteum

Nome vulgar: Árvore-da-prata

Porte: Árvore

Família: Proteaceae.

Origem: Península do Cabo, África do Sul

Morada: Jardim do Tojal, Faial, nordeste da ilha da Madeira

 

As folhas

A expressão Leucadendron resulta da síntese de duas palavras gregas – leukos e dendron –, que significam árvore branca, em alusão a uma das árvores mais espetaculares da África do Sul, a árvore-da-prata (Leucadendron argenteum). O aspeto mais notável desta árvore reside exatamente nas folhas branco-prateadas, que parecem de veludo.

 

As inflorescências

As inflorescências das espécies do género Leucadendron são pequenas, cónicas e localizadas na extremidade dos ramos. As flores masculinas e femininas localizam-se em plantas diferentes (espécie dioica).

 

Multiplicação

A árvore-da-prata multiplica-se bem por semente e pode atingir nove metros. Cultivada, tem uma vida relativamente curta, não tolerando a mínima perturbação das raízes.

 

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