Características
Nome vulgar: Boas-noites, bonina.
Porte: Herbácea
Família: Nyctaginaceae.
Origem: Andes, Peru
Morada: Miradouro do Guindaste, Faial, nordeste da ilha da Madeira.
Flores
Entre julho e novembro, em terrenos incultos próximos da costa, no sul e no norte da ilha da Madeira, as boas-noites presenteiam-nos com as suas vistosas flores rosa-purpúreas, às vezes, brancas ou amarelas e, mais raramente, listradas com as três cores.
Têm a particularidade de abrirem ao fim do dia e de fecharem definitivamente durante a manhã seguinte. O curto período de exibição destas flores repete-se, noite após noite, durante o verão e grande parte do outono.
Leia também “Uma planta, uma história: Camélia azálea”
O perfume
O aroma, que libertam para atrair as borboletas noturnas polinizadoras, é muito agradável. Graças ao ciclo de vida das suas flores, estas plantas são conhecidas por boas-noites. Bonina é o outro nome vulgar, mas ainda não consegui descobrir a origem deste.
Esta espécie herbácea, que chega a atingir um metro de altura e tem caules articulados, é nativa da região andina do Peru e começou a ser cultivada nas quintas e jardins madeirenses no início do século XIX. Aqui encontrou condições climáticas e edáficas tão favoráveis que, passadas poucas décadas após a sua introdução na ilha, abdicou dos cuidados dos jardineiros e decidiu viver sem proteção humana. Em 1894, o botânico madeirense Carlos Azevedo de Menezes afirmou que a Mirabilis jalapa estava naturalizada na Madeira.
Porque se tornou vulgar, deixou de ser moda o seu cultivo como planta ornamental e quase desapareceu dos jardins e quintas madeirenses.
Sem abrigo, continua a exibir a sua beleza nos terrenos abandonados onde a deixam viver em paz.
Gostou deste artigo?
Então leia a nossa Revista, subscreva o canal da Jardins no Youtube, e siga-nos no Facebook, Instagram e Pinterest.