As folhas do loureiro madeirense (Laurus novocanariensis) são maiores e não possuem as margens onduladas comparativamente às do loureiro de Portugal Continental (Laurus nobilis) e têm um verde mais escuro e luzidio que as do loureiro-dos-açores (Laurus azorica). Bastante aromáticas, são utilizadas na culinária e, em infusão, produzem um medicamento sudorífero e que alivia a tosse.
Como as outras lauráceas, rebenta de touça e os rebentos são utilizados como espetos nas típicas espetadas madeirenses.
Nome científico: Laurus novocanariensis.
Nome vulgar: Loureiro.
Porte: Árvore.
Família: Lauraceae.
Origem: Madeira, Canárias.
Morada: Campo de Educação Ambiental do Santo da Serra – Eva e Américo Durão
Os frutos
Quando os frutos dos loureiros estão maduros, o que acontece desde agosto até novembro, os pombos-trocazes (Columba trocaz) andam felizes. Este enorme columbídeo endémico da Madeira tem uma predileção especial pelas drupas dos loureiros indígenas da Madeira e das Canárias. O pombo-trocaz é o principal semeador de loureiros, porque, depois de se saciar com as polpas, dispersa as sementes, que germinam melhor após a passagem pelo trato intestinal.
As galhas
Nos troncos e ramos dos loureiros mais velhos desenvolvem-se umas galhas provocadas por um fungo parasita específico (Laurobasidium lauri), conhecidas por madre-de-louro. Da maceração destes cecídios em aguardente resulta um remédio muito popular na Madeira pelos seus bons efeitos no controlo das hemorragias uterinas.
Azeite de louro
Do fruto do loureiro ainda se fabrica o azeite de louro, que tem fama de ser bom remédio depurativo do sangue e cicatrizante de lesões internas e externas. O azeite de louro é também usado para friccionar as articulações com o objetivo de diminuir as dores reumáticas.
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