Revista Jardins

Uma planta, uma história: Sumaúma-bastarda

CARACTERÍSTICAS

Nome científico:

Araujia sericífera.

Nome vulgar:

Sumaúma-bastarda, corriola- de-seda, planta-cruel.

Porte: Trepadeira.

Família: Apocynaceae.

Origem: América do Sul – SE.

Morada: Ilha da Madeira – terrenos baldios até 600 metros de altitude.

AS FOLHAS

Com caules volúveis, que podem atingir dez metros de comprimento, enrolam-se nas árvores ornamentais ou fruteiras, sufocando-as com as suas folhas grandes (15 cm x 8 cm), verdes e lisas na página superior e branco-tomentosas na face inferior.

AS FLORES E FRUTOS

As cimeiras de flores róseo-esbranquiçadas ocorrem de junho a setembro.
Em julho, começam a crescer os primeiros frutos (10 cm de comprimento) com uma morfologia parecida às pimpinelas, mas com uma casca esbranquiçada e cerosa.

Em setembro, os frutos deiscentes libertam incontáveis sementes envolvidas por uma fibra branca, que o vento se encarrega de transportar a grandes distâncias.

As primeiras chuvas de outono provocam uma explosiva germinação das sementes da sumaúma-bastarda.

Introduzida na Madeira, nos finais do século XVIII ou princípios do século XIX, com objetivos ornamentais, rapidamente se adaptou ao clima e aos solos das zonas de menor altitude.

Segundo Richard Thomas Lowe (1802-1874), em 1826, esta liana já estava naturalizada na ilha. Em 1914, Carlos Azevedo de Menezes (1863-1928) referiu que era frequente o seu cultivo.

Passado um século, a Araujia sericifera perdeu o estatuto de planta ornamental nos jardins madeirenses e é vista como uma agressiva invasora nos terrenos que deixaram de ser cultivados até cerca de 600 metros de altitude.

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