Revista Jardins

As plantas e as alergias

A primavera desperta sintomas desagradáveis em muitas pessoas.

Chegado o mês de março, toda a natureza está em festa: é o pulsar da vida em cada canto do jardim, em cada caminho do bosque, em cada berma de estrada. Tudo se pinta de cor e perfumes e, ai-jesus, pólen.

Pois é, não há bela sem senão. Os que sofrem de alergias ficam nesta época do ano muito aflitos: olhos que incham e lacrimejam, ataques de asma, comichão no nariz, urticária, espirros, rinites, sinusites, tosse, eczema atópico, febre-dos-fenos e uma enorme vontade que a primavera se acalme.

As alergias de primavera

O desespero é tal que a maioria das pessoas que sofre de alergias acaba quase sempre dependente de anti-histamínicos ou corticoides, que, como se sabe, têm efeitos secundários. Muitas vezes nem procuram alternativas, mas elas existem.

Uma reação alérgica é uma resposta exagerada do nosso sistema imunitário aos alergénicos. Existem muitos fatores externos que desencadeiam ataques alérgicos e não apenas plantas. Para nomear apenas alguns: detergentes, pelos de gato, pó, ácaros, sprays, fumos, fungos, perfumes, glúten, herbicidas e adubos químicos…

Plantas que causam reações alérgicas

No que toca às plantas, as alergias mais frequentes são ao pólen das gramíneas, que são uma grande família de plantas muito comuns, a que se dá também o nome de Poáceas. Os cereais, a relva, o escalracho, a erva-príncipe, por exemplo, pertencem a esta família.

Existem ainda algumas árvores cujo pólen é bastante alergénico para muitas pessoas: os plátanos, a oliveira, a aveleira e o cedro.

Infelizmente, existem cada vez mais crianças, adolescentes e adultos com este tipo de problemas, e as razões são muitas. Na minha opinião, prendem-se quase sempre com um distanciamento daquilo que é natural. Por exemplo, cada vez existem menos mães a amamentar e o leite materno, como se sabe, torna-nos mais resistentes.

Os medicamentos de síntese combatem a inflamação causada pelas alergias e diminuem a intensidade dos sintomas, mas não tratam a causa.

Dicas para combater as alergias

As causas das alergias podem ser muito variadas, mas quando há uma reação alérgica ao pólen ou outros alergénicos, existem quase sempre em paralelo intolerâncias alimentares; por vezes basta identificá-las e retirá-las da alimentação para que o problema das alergias ambientais fique também resolvido ou melhorado.

Ao retirarmos da alimentação o glúten ou os lacticínios, estamos a melhorar o sistema respiratório e, por consequência, a aumentar a nossa resistência aos alergénicos externos.

Nos nossos jardins, podemos evitar o cultivo de gramíneas e também de parietárias, conhecidas por alfavaca-de-cobra, erva-daninha, mas medicinal. O seu pólen, na primavera, é responsável por grande mal-estar em muita gente, causando irritações na pele e problemas respiratórios.

Leia também: Farmácia de primavera: plantas que combatem as alergias

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