Revista Jardins

Conheça as plantas da família Strelitziaceae

Ravenala madagascariensis

Ravenala madagascariensis

 

São muitas as pessoas que as confundem e são mais de treze espécies distribuídas por três géneros.

 

Nas Estufas Fria e Quente de Lisboa, podem observar-se representantes da família das Strelitziaceae. São plantas em que o período de floração ocorre geralmente duas ou mais vezes durante o ano, com cerca de treze espécies distribuídas por três géneros. Estas espécies são originárias de regiões tropicais e subtropicais da América do Sul, África do Sul e de Madagáscar.

 

Género Phenakospermum

Phenakospermum guyannense

Com uma espécie Phenakospermum guyannense (sorococa ou bananeira-do-mato), é o único representante da família originária do Brasil encontrado na região amazónica. É uma erva rizomatosa com pseudotronco até cerca de 8 metros, folhas persistentes, dísticas, inflorescência terminal, até 3 metros de comprimento e pedúnculo com 2 metros.

 

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Casa + Tropical

 

Género Ravenala

Originário de Madagáscar, inclui várias espécies, entre as quais a Ravenala madagascariensis, amplamente cultivada como ornamental nas regiões tropicais e quentes. A espécie mencionada é conhecida vulgarmente como árvore-do-viajante, assim designada porque da base das folhas é coletada água e fornecida aos viajantes.

 

Género Strelitzia

Esta planta é conhecida ave-do-paraíso foi introduzida pela primeira vez na Grã-Bretanha em 1773 por Sir Joseph Banks (1743-1820), então diretor não oficial do Jardim Real de Kew. O naturalista Banks e o botânico escocês William Aiton (1730-1973), que foi também diretor do Jardim Real de Kew, desde 1759 até 1793, dedicaram o nome científico desta exótica espécie à rainha de Inglaterra, a princesa Mecklenburg Strelitzia, Charlotte Sophia (1744-1818) esposa de Jorge III. Esta rainha impulsionadora da botânica viveu em Kew durante muitos anos. A espécie Strelizia nicolai (pássaro-gigante-branco-do paraíso), nativa da África do Sul foi denominada em homenagem ao czar Nicolau da Rússia (1796-1892). Segundo alguns autores, o epíteto específico refere-se ao grão-duque Nicolai Nicolajewitsch (1856- 1929), patrono da jardinagem na Rússia. Os espécimes desta espécie são arborescentes. Na entrada da Estufa Fria de Lisboa, existe um enorme exemplar desta espécie que é confundido com uma bananeira.

 

Strelizia nicolai

 

Género Musa

Pertencente à família das Musáceas, é uma pequena família cujos membros são ervas perenes com pseudocaules formados pelas bainhas foliares imbricantes. Inclui dois géneros e cerca de 60 espécies distribuídas pelas regiões tropicais da Ásia e África. O género Musa, espontâneo desde os Himalaias até ao norte da Austrália e Filipinas, inclui as bananas cultivadas. Desde tempos remotos é conhecido o valor alimentar das bananas. Acredita-se que provavelmente a banana seria o fruto (ao invés da maçã) que Eva tinha comido no Paraíso. Alexandre Magno já as identificava, em 327 a.C., no vale do Indo, e os documentos dos portugueses na época dos Descobrimentos mencionam diversas vezes as bananas e as bananeiras, tendo estas sido introduzidas pelos nossos navegadores nas ilhas Atlânticas e na costa ocidental de África. Contudo, o género Musa seria apenas estabelecido em 1753, na primeira edição da obra Species Plantarum de Lineu. Este género foi atribuído por Lineu em homenagem a Octávio Augusto, primeiro imperador romano, ou em honra das musas. Na Estufa Quente, a vistosa e rara bananeira-de-sumatra, Musa aculminata Colla ‘Suma’, encontra-se bem representada por meio de vários espécimes que formam amplos tufos. A bananeira-vermelha, Musa coccínea, é uma planta com vistosas inflorescências de brácteas escarlates. Ainda uma das mais bonitas pequenas bananeiras, que florescem rapidamente e frutificam, é normalmente designada por bananeira ornamental, Musa ornata.

 

 

Género Ensete

Tem cerca de sete espécies oriundas de África e da Ásia que são raramente cultivadas na Europa. Contudo, a Ensete ventricosum, ou a bananeira-da-abissínia encontra-se na Estufa Quente de Lisboa. É conhecida vulgarmente como a “bananeira falsa” pela sua semelhança com as bananeiras melhoradas.

 

Ensete ventricosum

 

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