Conheça esta planta de uso culinário, que é usada como condimento, mas que também possui propriedades medicinais – propriedades estimulantes, anti-inflamatória, digestiva, estimulante do apetite.
A salva (Salvia officinalis) é uma espécie vivaz, subarbustiva, pertencente à família das Lamiáceas, que engloba muitas outras plantas aromáticas e medicinais, tal como as hortelãs, tomilhos, orégãos, manjericão, alfazemas, alecrim, segurelha, erva-cidreira e outras.
É uma planta de uso culinário, com sabor amargo, que é usada para condimentar diversos pratos, possuindo propriedades aperitivas e digestivas.
O seu uso terapêutico é muito difundido, sendo usado como antisséptico e peitoral, para problemas do sistema respiratório, como ansiolítico, para dores articulares (sob a forma de cataplasma), para problemas menstruais ou perturbações da menopausa devido às suas propriedades hormonais, e como depurativo do fígado e rins.
Condições ótimas de cultivo
Originária da zona mediterrânica, a salva é uma planta rústica, que se adapta a condições de secura, preferindo locais soalheiros. É também resistente ao frio e tolerante à geada.
Dá-se nos mais variados tipos de solos, ácidos ou alcalinos (pH 5,5 a 9) desde que bem drenados. Se o seu solo for pesado ou alagadiço, plante-a num camalhão ou canteiro alto ou até num vaso. Cubra o solo em volta com casca de árvore, aparas ou gravilha, para manter a folhagem seca e limpa.
Sementeira e/ou plantação
A salva semeia-se em viveiro, em janeiro/fevereiro e transplanta-se para o local definitivo, ao ar livre, em abril. Deve ter-se o cuidado de manter a raiz protegida aquando da transplantação.
Para isso, pode fazer-se a sementeira em vasinhos de turfa biodegradáveis (jiffy pots) ou, simplesmente, em tubos feitos de rolo de papel higiénico, ou até em caixas de ovos de cartão, devidamente cheias com substrato adequado à sementeira. Ao plantar as raízes envoltas nesta proteção, estas não são perturbadas e o invólucro acaba por se desfazer, permitindo que se expandam no solo.
No caso de o local definitivo ser um vaso, pode semear-se diretamente, mantendo-o no interior de casa e passando-o para o exterior a partir do mês de abril.
Também se podem obter plantas de salva a partir de estacas. Para isso, retiram-se ramos de 8-10 cm, a partir da extremidade. A melhor época para obter estacas é o mês de abril. Coloca-se a estaca a enraizar diretamente na terra, ou numa mistura de duas partes de turfa para duas de perlite, não descurando a rega.
Consociações favoráveis
A salva beneficia as hortas com a sua presença, através de substâncias aromáticas que exala, que têm um efeito repelente sobre diversas pragas, tais como a mosca-da-cenoura e a lagarta-da-couve.
Cuidados culturais
Bem tratada, uma planta de salva pode durar muitos anos. Regá-la quando necessário, mas sem excessos, e juntar algum composto anualmente, na primavera ou no outono.
Limpar a folhagem seca ou em mau estado, sempre que necessário. Podar na primavera e cortar as pontas em crescimento no verão.
Colheita e conservação
Podem retirar-se folhas ao longo de todo o ano. Cortes mais severos devem ser feitos somente a partir do segundo ano, em junho ou setembro.
As folhas conservam-se alguns dias no frigorífico, em sacos de plástico fechados, ou secam-se sobre um tecido ou papel, sem sol direto. Guardam-se, depois, num recipiente fechado, ao abrigo da luz.
Ficha técnica da Salvia officinalis
Altura: 30-40 centímetros.
Época de sementeira: Semeia-se em viveiro, em janeiro/fevereiro e transplanta-se para o local definitivo, ao ar livre, em abril.
Local de cultivo aconselhado: Resiste a condições de secura, prefere locais soalheiros. É resistente ao frio e tolerante à geada. Dá-se nos mais variados tipos de solos, ácidos ou alcalinos (pH 5,5 a 9) desde que bem drenados.
Manutenção: Requer regas regulares sem excessos, adicionar composto anualmente, na primavera e/ou no outono. Limpar a folhagem seca ou em mau estado, sempre que necessário. Podar na primavera e cortar as pontas em crescimento no verão.
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