Revista Jardins

Uma planta, uma história: Cedro-da-Madeira

A única conífera endémica da ilha da Madeira era frequente no século XV, quando chegaram os primeiros povoadores, mas hoje o cedro-da-Madeira é raro na floresta Laurissilva e na formação arbustiva dos altos cumes.

CARACTERÍSTICAS

Nome científico: Juniperus cedrus subsp. maderensis.

Nome vulgar: Cedro-da-Madeira.

Porte: Árvore.

Família: Cupressaceae.

Origem: Ilha da Madeira.

Morada: Campo de Educação Ambiental do Santo da Serra – Eva e Américo Durão.

Trata-se duma espécie dioica, o que significa que há a senhora cedro e o senhor cedro.

É evidente que só a fêmea produz frutos, mas para as sementes serem férteis e germinarem é necessário que o vento se encarregue de transportar e colocar nos gineceus o pólen das flores masculinas.

MORFOLOGIA

Os ramos são pendentes, a folhagem é persistente e as folhas pequenas com forma de agulha dispõem-se em verticilos de três.

Excecionalmente, surgem árvores de morfologia colunar, observadas pela primeira vez nas Queimadas e no Montado do Pereiro, em 1958, e descritas pelo Eng.º Rui Vieira, em 1997 (Boletim do Museu Municipal do Funchal, nº XLIX).

No Campo de Educação Ambiental do Santo da Serra, podem ser observados três exemplares desta forma fastigiada.

FRUTOS

Os frutos são gálbulos arredondados, com cerca de 1 cm de diâmetro, que ficam castanho-avermelhados e com o tegumento murcho após dois anos de maturação.

No Campo de Educação Ambiental do Santo da Serra, conforme vamos avançando com a eliminação das plantas invasoras, encontramos mais cedros infantis e adolescentes, o que significa que tem havido muita atividade sexual com sucesso e que o crescimento da população de cedros-da-Madeira é viável.

Utilização

A madeira desta árvore, com cheiro agradável e resistente aos insetos, foi muito procurada pela marcenaria e com ela foram construídos há cinco séculos os tetos da Sé e da Alfândega do Funchal, atual salão nobre da Assembleia Legislativa da Madeira, que se mantêm bem conservados.

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