Revista Jardins

Uma planta, uma história: Camélia azálea

Camellia azalea (Camellia changii)

O encantamento da paisagem, a monumentalidade dos tulipeiros arbóreos, das araucárias e dos metrosíderos, os tons das folhagens dos gingkos, dos liquidâmbares, dos plátanos e dos ciprestes-dos-pântanos, a fitodiversidade e o colorido do jardim de flores, as coleções de espécies da flora azorica, de bromélias, de cicadales e de camélias. Por tudo isto, o Parque Terra Nostra, no vale das Furnas, na ilha de São Miguel, é o meu jardim predileto em Portugal.

Já perdi a conta do número de visitas em que associo o prazer à investigação botânica. A última foi no dia 30 de julho, numa altura em que era suposto não haver camélias para observar, porque estas flores nativas do Oriente começam a desabrochar em setembro (Camellia sasanqua) e costumam terminar a sua longa exibição em maio (Camellia japonica, Camellia reticulata).

 

Características

Nome científico: Camellia azalea (Syn.: Camellia changii)

Nome vulgar: Camélia-azálea.

Porte: Pequena árvore ou grande arbusto.

Família: Theaceae.

Origem: China

Morada: Parque Terra Nostra, Furnas, ilha de São Miguel.

 

Flores

Mas neste excelente jardim de camélias há sempre, pelo menos, uma cameleira a presentear-nos com as suas flores. No fim de julho e durante o mês de agosto, a rara camélia-azálea (Camellia azalea), descoberta, em 1985, numa área montanhosa da província de Guangdong, na China, destaca-se com as suas belíssimas flores vermelhas, singelas; as pétalas ligeiramente fendidas na extremidade têm uma distribuição algo semelhante às das azáleas.

 

Folhas

As folhas perenes, verde-escuras, lanceoladas, um pouco coriáceas, lembram as dos rododendros.

Quando esta espécie terminar o seu ciclo de floração estival, as flores das sasanquas começarão a perfumar a atmosfera mágica do Parque Terra Nostra.

 

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