Revista Jardins

Fertilização de roseiras

 

Esta é uma tarefa fundamental para quem quer ter estas plantas sempre bonitas e saudáveis. Saiba tudo para que as suas roseiras estejam em plena floração na próxima estação.

 

Cultivar roseiras é das tarefas mais exigentes para todos aqueles que admiram estas flores. De facto, estas plantas assumem um papel de destaque de entre todas as plantas de flor. As suas exigências culturais, no que respeita à época de plantação, ao local escolhido para a instalação, às técnicas de poda, à gestão da rega, à sua correta nutrição, entre outros aspetos, que associados à enorme diversidade de variedades, constituem fatores bastante específicos para a eficaz manutenção destas plantas.

No presente artigo dedicar-nos–emos à nutrição das roseiras, isto é, à gestão da fertilização deste magnifico grupo de flores.

 

 

Condições de cultivo

Facilmente se compreenderá que, para o sucesso da manutenção de roseiras e obtenção de todo o esplendor da sua beleza, o tipo de solo e de clima a que as mesmas estão sujeitas é da máxima importância. No que ao solo diz respeito, a sua permeabilidade, o correto arejamento e, consequentemente, a ausência de compactação, bem como a presença de profundidade, são características apreciadas pelas roseiras.

Relativamente às características climáticas, um local ensolarado, mas não demasiado quente, é fundamental para o correto desenvolvimento das roseiras, uma vez que não apresentam grande tolerância a um local em que permaneçam à sombra.

 

Veja o vídeo:

Poda de roseiras

 

Fertilização especifica consoante a época do ano

Em termos de fertilização o ciclo de nutrientes a que as roseiras estão adstritas é muito específico, havendo, pois, a necessidade de atender ao suprimento dos nutrientes adequados às roseiras. Durante o período de crescimento vegetativo, isto é, durante o desenvolvimento de caules e de folhas, as roseiras necessitam de um complexo de nutrientes de forma a compensar toda a energia despendida no processo de crescimento e a obter ainda um superavit energético disponível para a floração.

As roseiras devem ser regadas generosamente no decurso de períodos de seca. A rega em causa poderá não ser muito recorrente, preferindo-se a generosidade de cada rega de modo a que no solo arejado, permeável e profundo a humidade chegue às camadas mais profundas, ficando assim disponível para promover o enraizamento mais profundo e verificar-se um processo de exploração de maior volume de solo, com todos os benefícios implícitos no que à disponibilidade de nutrientes e de água diz respeito. Neste contexto, a adição de um complexo de adubos ternários com macronutrientes primários, ou seja, que possua azoto (N), fosforo (P) e potássio (K), reveste-se da maior importância.

 

 

Adubação do final de inverno – início de primavera

Atenda-se, contudo, na fase inicial de desenvolvimento vegetativo, isto é, no final de inverno a início da primavera, o complexo de nutrientes deverá privilegiar uma correlação mais elevada de N e de P relativamente a K, pois o azoto atua sobretudo na produção de estruturas verdes, ou seja, no desenvolvimento caulinar e folear, ao passo que o fósforo promove o desenvolvimento de novas raízes.

 

Adubação de final de primavera – verão

Em sentido oposto, no início da época de floração, ou seja, no final da primavera a início do verão, a nutrição deverá favorecer uma relação mais elevada de K (potássio) relativamente a N e a P, uma vez que o potássio é um nutriente fundamental no processo de frutificação e, como tal, envolvendo previamente a floração. Paralelamente a resistência a pragas e a doenças aumenta com a aplicação de K. A presença adicional do macronutriente secundário magnésio (Mg) é também muito importante no processo de disponibilidade energética, pois a sua presença promove a realização da fotossíntese e consequente produção de energia, sem a qual as roseiras teriam dificuldade em realizar o processo de floração e de frutificação.

Uma vez que a exigência energética é elevada, dever-se-á compensar este consumo com a adição de fertilizantes. Várias são as soluções disponíveis no mercado, sendo as mais equilibradas as que apresentam a composição 12 – 3 – 5 (3), isto é, 12 unidades de N (azoto), 3 unidades de P (fósforo), 5 unidades de K (potássio) e 3 unidades de Mg (magnésio). Contudo, para a correta seleção de um fertilizante, será conveniente obter conhecimento prévio sobre a disponibilidade do solo relativamente a cada um destes nutrientes, de modo a adicionar ao solo apenas a diferença até atingir as necessidades da planta. Paralelamente é da maior importância o conhecimento do pH do solo.

Uma vez selecionado o adubo, dever-se-á seguir as indicações presentes no rótulo, quer no que respeita à época de aplicação quer relativamente às doses. Contudo um aspeto comum é o facto de que, quer na plantação, quer na manutenção, as raízes não devam contactar diretamente com o adubo, devendo permanecer como proteção uma fina camada de solo.

 

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