Revista Jardins

Outono é tempo de abóboras

Abóbora-menina

Abóbora-menina

 

Este mês, embebida pelas cores ocre com que o outono nos brinda, recordo como é crucial observar a Natureza e aceitar a sua cumplicidade a todos os níveis e em todas as suas fases.

 

Afinal, as plantas são para o Homem mais do que uma necessidade ou uma garantia de sobrevivência; são parte integrante da nossa vida e influenciam até o nosso estado de espírito sem que nos apercebamos. Esta cumplicidade que cada vez mais cresce em nós deve ser transmitida às crianças de forma a que valorizem ao máximo os recursos naturais, e o outono dá-nos uma excelente oportunidade de o fazer. No fim do verão, as cores mudam para amarelo-alaranjado, castanho e dourados, e, a par da paisagem, também a alimentação se adapta, surgindo os primeiros alimentos de conforto, entre eles, a abóbora. Este fruto de formas curiosas e utilização versátil é muito nutritivo, baixo em calorias e podemos introduzi-lo na vida de adultos e crianças sem que se apercebam que estão a comer uma enorme fonte de vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes. Além de alimentar, esta é a época em que as abóboras compõem mesas e decorações em muitas casas e lojas, mas também marcam presença no jardim.

 

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Abóbora-chila

 

Curiosidades interessantes do ponto de vista botânico, histórico ou estético e pitoresco sobre as abóboras

 

As abóboras são largamente cultivadas em todas as regiões por serem plantas comestíveis de grande valor nutricional (são ricas em ferro, cálcio, fósforo, potássio, magnésio, sais minerais e vitaminas A).

 

Abóbora-porqueira

 

Abóboras mais produzidas em Portugal

Abóbora-chila (Cucurbita ficifolia) – Planta vivaz e herbácea com origem na China. É uma abóbora de casca verde e polpa branca. É muito rústica, aprecia exposição solar e adapta-se a qualquer tipo de solo desde que rico em matéria orgânica. É muito utilizada na confeção de doces.

Abóbora-menina (Cucurbita maxima) – Planta anual originária da Ásia meridional – De casca e polpa cor de laranja vivo, a abóbora-menina é uma excelente opção para climas temperados. São normalmente as mais utilizadas em culinária, mas, dada a grande diversidade de formas, cores e tamanhos, apropriam-se à utilização na decoração e arranjos ornamentais. As variedades mais conhecidas da Cucurbita maxima são: menina, pau e hokkaido.

 

Abóbora-carneira

 

Abóbora-porqueira (Cucurbita pepo) – Também originária da Ásia meridional, destaca-se como uma variedade resistente capaz de prosperar em diferentes condições climáticas. O seu sabor suave torna-a excelente para animais de criação, mas é também largamente utilizada na nossa culinária. As suas sementes, conhecidas por pevides, são salgadas e normalmente consumidas como acepipes, em granola, etc.

Abóbora-carneira (Lagenaria vulgaris var. Clavata) – Originária dos trópicos mas cultivada em Portugal, sobretudo para doces. Tem hábito de trepadora, os seus frutos são cilindros estreitos, verde-claros, e a casca é fina com polpa branca e gelatinosa. Embora seja da família das Cucurbitáceas, trata-se na verdade de uma cabaça, utilizada sobretudo em doces. A sua utilização mais conhecida é talvez no bolo-rei, quando surge cristalizada.

 

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