Revista Jardins

Uma planta, uma história: Árvore-glória-da-manhã

A árvore-glória-da-manhã (Ipomoea arborescens) é uma exceção no género Ipomoea em que predominam trepadeiras herbáceas como a que produz a batata-doce (Ipomoea batatas) e a corriola-azul (Ipomoea indica).

A corriola-azul, indígena da América Tropical, veio para a Madeira como planta ornamental graças às suas vistosas flores, que parecem campainhas.

Encontrou condições climáticas e edáficas tão favoráveis, que deixou de ser cultivada e há muito tempo é considerada uma espécie naturalizada, muito frequente na vertente sul até cerca de 500 metros de altitude, onde floresce de janeiro a dezembro e se multiplica facilmente por semente.

Ipomoea indica

A árvore-glória-da-manhã dá-se bem nas mesmas condições ambientais, mas é muito mais frágil especialmente perante a ação do vento.

Multiplicação

Na Madeira, apesar de florir abundantemente, não frutifica e consequentemente não produz sementes, talvez pela falta dos seus polinizadores (pequenos morcegos de nariz comprido, colibris e determinadas abelhas).

A multiplicação por estaca também é bastante difícil.

Ipomoea arborescens

As flores

Em novembro perde uma parte significativa das folhas e cobre-se de flores brancas com o centro avermelhado, que se mantêm até fevereiro.

A corola tem cerca de 5 cm de diâmetro.

B.I.

Nome científico: Ipomoea arborescens

Nome vulgar: Árvore-glória-da-manhã

Porte: Árvore

Família: Convolvulaceae

Origem: México

Morada: Jardim privado na Rua Aspirante Mota Freitas, cidade do Funchal

Fotos: Raimundo Quintal

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