Não é segredo que os patudos encontram nas plantinhas um elemento para brincar, roer ou mesmo comer, existindo várias teorias que justificam esta atração.
Alguns especialistas justificam estas ações com carências nutricionais dos animais, outros acreditam que estão simplesmente aborrecidos e procuram algo com que se divertir, e existe quem defenda que é uma forma de os animais ingerirem fibras, agindo para que estas atuem como um laxante. No caso dos gatos, é frequente ouvir-se que as ervas auxiliam no processo de expulsão das bolas de pelo. Independentemente da razão, verifica-se que o hábito de comer plantas não é exclusivo de animais domésticos sendo frequente no caso de animais selvagens, sejam cães ou gatos.
Na dúvida, com exceção de plantas vendidas especialmente com este propósito (como a erva-de-gato), é sempre melhor manter plantas domésticas fora do seu alcance ou confirmar junto de entidades da especialidade se é segura. A Sociedade Americana para a Prevenção da Crueldade contra Animais (ASPCA), por exemplo, tem no seu site uma lista muito completa de plantas onde poderá consultar a toxicidade das plantas para cães e gatos. Mas é importante ter em mente: além de conhecer as plantas e a sua influência nos animais, os inseticidas e fungicidas utilizados também podem ser perigosos, especialmente se ingeridos. Vamos então conhecer algumas plantas para interior que não provocam sequelas nos nossos fiéis amigos se estes as ingerirem:
ERVA-DE-GATO
Além de poder existir no interior, é desenvolvida para ser segura, não lhe sendo aplicados inseticidas ou pesticidas. Esta planta promove o contacto do seu animal com a Natureza, podendo contribuir para que o seu gato não se sinta atraído por outras plantas. Esta é cultivada a partir de sementes de centeio, cevada, aveia ou trigo. Para manter esta gramínea viva, bastará garantir água e luz solar e, se as sementes já vierem germinadas, durará de uma a três semanas.
CALATHEA SP.
Com folhagens exóticas e luxuriantes, a generalidade das Calathea não é tóxica. A C. orbifolia, por exemplo, é uma planta perene que se adapta bem a interiores e que não representará um problema se tiver animais de estimação. Quanto aos cuidados, as C. orbifolia, a lancifolia e a zebrina desenvolvem-se com solo húmido e com rega regular, mas sem encharcamento, e preferem ambientes luminosos sem sol direto. Para a sua rega recomenda-se a água da chuva ou, na sua ausência, água da torneira repousada, ou seja, com o cloro evaporado.
CHLOROPHYTUM COMOSUM
Esta planta distingue-se pelas suas longas e estreitas folhas de duas cores que quase se assemelham às de uma gramínea. Não o sendo, o clorófito é extremamente fácil de cuidar, pois a planta é relativamente rústica, não exige podas constantes e tolera abandonos temporários de regas. Tolera bem ambientes internos e sobrevive a ambientes mais agressivos, nomeadamente com lareiras ou com ar condicionado. Os clorófitos têm a vantagem de serem plantas purificadoras do ar, contribuindo para reduzir os agentes tóxicos presentes no ar de todas as casas. Poderá ser plantado em vasos de suspensão, mas não precisa de o afastar dos seus animais porque não representa perigo de intoxicação se ingerido.
CHAMAEDOREA ELEGANS
É uma planta da família das Arecaceae, originária do México que, no nosso clima, é utilizada como planta de interior. A sua manutenção é muito simples desde que a planta esteja num local com boa iluminação. Além de ser uma planta purificadora, é uma boa opção para quem tenha animais de estimação, pois não é venenosa. Em condições ótimas, esta palmeirinha cresce até dois metros, embora demore alguns anos para atingir estas dimensões (entre dez e 20 anos). Para garantir uma boa luminosidade, deverá posicioná-la num espaço com muita luz, regar sempre que a superfície da terra esteja seca e garantir um solo com boa drenagem.
PHLEBODIUM AUREUM
Feto cujas folhas acinzentadas conferem um aspeto atrativo para qualquer amante de plantas de interior. O seu verde-azulado torna-o diferente de outros fetos assim como a sua resiliência e capacidade de prosperar em ambientes desfavoráveis. É uma planta ideal para ter na cozinha ou na casa de banho, mas na verdade pode colocá-la em espaços acessíveis aos seus animais de estimação porque não representa perigo por ingestão.
MARANTHA
Também conhecidas como plantas rezadeiras, as marantas movimentam as suas folhas ao longo do dia, como se estivessem a orar. De cores contrastantes e texturas singulares, deverão ficar em espaços claros, mas afastados da luz solar direta. Certifique-se que a rega é regular e com pequenas quantidades de água de forma a garantir que o solo permanece ligeiramente húmido.
PACHIRA AQUATICA
Também chamada árvore-do-dinheiro, é simples de cuidar e segura para os animais. Nos viveiros, é encontrada com o caule entrançado, longo e estilizado, razões pela quais se tornou muito apelativa para interior. Não necessita de regas frequentes (regar apenas quando o substrato estiver seco ao toque), mas precisa de luz intensa, mas não direta.
GUZMANIA LINGULATA
Bromeliacea de aspeto tropical nativa de habitats das florestas americanas e da Índia Ocidental. A inflorescência vistosa e colorida pode durar de dois a quatro meses, tornando-a muito apelativa para plant styling. Os cuidados podem ser um pouco mais complexos para principiantes: use um substrato para bromélias ou orquídeas e regue com moderação. Após a floração, a planta principal fenece, mas produz novos rebentos!
BEAUCARNEA
Embora se trate de uma planta com um crescimento lento, a pata-de-elefante ou nolina é capaz de sobreviver com pouca água e cuidados. O caule castanho e as folhas estreitas e compridas podem ser irresistíveis para gatos brincalhões, mas não se preocupe, pois não é toxica. Quanto aos seus cuidados, precisará de luz forte para potenciar o seu crescimento. É ótima planta de interior para quem procura uma.
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