O poejo é uma planta herbácea originária da Europa do sul e do centro e da Ásia temperada, Macaronésia e noroeste de África. É uma planta frequente em Portugal sobretudo no sul, comportando-se como subespontânea; aparece principalmente em lugares húmidos mesmo que periodicamente alagados.
Nome científico: Mentha pulegium L.
Família: Lamiáceas
Nomes vulgares: Hortelã-dos-açores, hortelã-pimenta-mansa, poejo, poejos. Poeijo. poejinho, poejo-das-hortas, poejo-real, poejo-do-rei, erva-de-são-lourenço, hortelã-miúda, menta-miúda, menta-selvagem, vique (no Brasil).
Descrição: Herbácea, rizomatosa, robusta e perene, ascendente ou ereta consoante as condições de vegetação, esverdeada, de folhas pecioladas e atenuadas na base, levemente serrilhadas ou inteiras glabrescentes nas duas páginas. São fortemente aromáticas, limbo com pontuações translúcidas, flores violáceas reunidas em grupos na axila das folhas. Possui caules uns prostados outros ascendentes.
As folhas são ovadas ou ovado-orbiculares e as flores são de corola rósea e lilacínias em verticilastros globosos e espaçados, fortemente aromática em todos os seus órgãos e de sabor quente.
Usos
Toda a planta, em especial as suas inflorescências secas, fazem parte da cozinha alentejana (açorda de poejos e outros pratos) e usada para temperar saladas especialmente a salada de tomate e de pimentos. No sul pode dizer-se que o poejo está sempre presente nos pratos de carne.
Na medicina tradicional os poejos são recomendados para facilitar a digestão e evitar as flatulências. O óleo essencial, presente em todas as partes da planta é usado em saboaria.
Na América é usada como medicinal em infusos, sobretudo contra doenças digestivas, supondo-se que tem ação abortiva e externamente em infuso nas doenças de pele.
Livro “Especiarias e aromáticas do campo à cozinha” de José Eduardo Mendes Ferrão
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