Estudo do IKEA revela que os portugueses se preocupam com as alterações climáticas e que a terceira principal frustração em casa está relacionada com a falta de um espaço exterior.
No dia 24 de fevereiro, decorreu a apresentação do estudo “A vida em casa”, desenvolvido pelo IKEA para perceber quais as preocupações, as tendências e os assuntos relevantes quanto à forma como as pessoas vivem as suas casas. Foram inquiridas 37 mil pessoas em 37 países, incluindo Portugal, para perceber o que é necessário para transformar uma casa na nossa casa. Os números falam por si.
Uma das tendências mais evidentes é que os portugueses vivem, em geral, mais preocupados com as questões sócio-económicas e ambientais, comparativamente com a média de 37 países. De facto, os portugueses mostram mais preocupação com as alterações climáticas (78%) do que a média global dos países participantes no estudo (56%).
Durante tempos de profunda incerteza, continuamos a recorrer à casa como um lugar de conforto e segurança, e a probabilidade de nos sentirmos bem na nossa casa é maior quando esta reflete a nossa personalidade. Em Portugal, as pessoas que consideram que a casa reflete a sua identidade (67%) têm o dobro da probabilidade de também a considerarem uma fonte de bem-estar mental. Ainda assim, este resultado revela que este número cai para 56% entre os jovens, o que significa que esta faixa etária tem mais dificuldade em se rever nas suas casas.
A inflação é um tema muito atual e que também está refletido no estudo. Com o aumento das despesas, os dados revelam os impactos significativos na vida em casa, com 1 em cada 10 pessoas a antecipar que o aumento do custo gerais afete momentos importantes da vida, como casar e ter filhos. Um quinto (24%) está preocupado com a segurança no emprego.
“Os dados revelam que as procupações com a economia e o aumento do custo de vida, juntamente com os temas ambientais têm impacto na forma como vivemos em casa e nos nossos planos de vida. Na IKEA estamos, por isso, focados em demonstrar que, apesar de tudo, é possível ter soluções funcionais e sustentáveis para uma melhor vida em casa, de forma simples e acessível.” afirma Paula Figueiredo, Home Furnishing Direction Leader da IKEA Portugal.
Apesar de estar mais suscetível às questões da sustentabilidade, a experiência de Paula Figueiredo indica que, na altura da compra, quando tem de escolher entre sustentabilidade e custo, o consumidor tende a valorizar o custo. O desafio para o IKEA está em encontrar soluções sustentáveis que os consumidores possam comprar.
Em prol da sustentabilidade, o IKEA inseriu hortas comunitárias nas unidades de Lisboa para os seus colaboradores. Uma experiência de sucesso que tem incentivado a entreajuda entre colaboradores e o espírito de comunidade.
A casa é mais importante do que nunca e a verdade é que as pessoas passam agora mais tempo nas suas habitações: 1 em cada 4 pessoas (27%), por exemplo, confessa que já inventou planos fictícios para ficar em casa, e 35% sentem-se mais positivas em relação à sua habitação, em comparação com o ano passado. O que revela que estes são locais cada vez mais valorizados, como espaço de conforto e segurança.
A casa é um espaço onde podemos ser quem somos.
Um fator verdadeiramente diferenciador é conseguir que a casa reflita a identidade de quem a habita. Segundo o estudo ‘A Vida em Casa’, quando sentimos que isso acontece temos 1,5x mais probabilidade de nos sentirmos mais positivos em relação à casa.
Os elementos que mais contribuem para esta identificação, segundo os dados nacionais, passam pelas coisas que as próprias pessoas compram (49%) para a casa e ter espaço para as suas necessidades e interesses (43%). Já as três principais frustrações estão relacionadas com ter a casa desarrumada ou suja (34%), ter de realizar tarefas domésticas (30%) e não ter um espaço exterior (27%), uma das características que tem vindo a ser mais evidenciada desde a pandemia.
Segundo Paula Figueiredo, a pandemia veio intensificar a relação e necessidade do exterior. Quem não tem varanda, sente falta. Se antigamente servia apenas para estender a roupa, agora é importante para sentir o sol. Inclusive, houve quem mudasse de casa para poder ter algum espaço exterior. O IKEA tentou dar soluções, disponibilizando mais plantas e mobiliário de exterior adaptado a espaços pequenos.
Além disso, as plantas invadiram o interior das casas, afirma Paula Figueiredo. As plantas naturais passaram a ser presença nas salas e até nos quartos (um local onde até agora existia algum receio de ter plantas), enquanto as plantas artificiais são colocadas nas casas-de-banho. A gama de exteriores do IKEA ganhou importância nos últimos anos, tanto ao nível da investigação como na forma como é exposta nas lojas físicas e online.
A privacidade também foi um dos temas abordados e identificados pelo estudo. Cerca de metade dos inquiridos (53%) afirmam que a sua casa oferece privacidade a todas as pessoas que nela vivem. Este valor cai para 23% para quem vive em quartos alugados. Talvez reflexo desta necessidade de privacidade, 7% das pessoas confessam ter trabalhado enquanto estavam na casa de banho.
O estudo ’A Vida em Casa’ da IKEA é o maior relatório do mundo que estuda as várias dimensões da vida em casa e que, todos os anos, oferece uma perspetiva única de como as pessoas se sentem nas suas casas.
Fique a par de todas as notícias. Clique aqui.
Gostou deste artigo? Então leia a nossa Revista, subscreva o canal da Jardins no Youtube, e siga-nos no Facebook, Instagram e Pinterest.