Cuidados a não esquecer
Esta planta é pouco exigente em clima e solo (com preferência para argilosos). Tem apenas que se preocupar com uma poda anual quando a roseira estiver no seu estado de dormência.
Durante o período de floração deve remover as flores velhas para evitar o aparecimento de pragas e doenças. Assim, dá forma à roseira, permitindo o crescimento de ramos fortes e saudáveis e uma floração abundante.
Precisam de bastante sol, idealmente um mínimo de 5 a 6 horas de sol direto por dia. Se optar por plantar em vaso deve ter alguns cuidados.
Faça uma boa drenagem, colocando uma camada de argila expandida no fundo do vaso. O substrato que irá colocar deve ser ligeiramente ácido.
Deverá ter em conta a fertilização (duas a três vezes por ano – primavera e verão) e o cuidado com a poda, a qual deverá ser feita no inverno para que floresçam no ano seguinte.
A rega deverá ser feita regularmente nos períodos de maior calor.
Se optar por plantar no solo deverá ter em conta que é necessário fazer uma cova de 30 a 40 cm de profundidade. Para conseguir conservar a humidade e evitar o crescimento de plantas infestantes convém colocar uma camada de casca de pinheiro.
Apesar das rosas não exigirem cuidados exigentes há fungos que podem destruí-las por completo e que exigem alguma atenção. Por vezes aparecem doenças nas rosas que exigem um tratamento célere e especial cuidado. Apresentamos de seguida as doenças mais comuns:
Oídio – manchas brancas
Caracteriza-se por manchas brancas de aspeto feltroso, compostas por esporos do fungo Sphaerotheca pannosa. Os tecidos vegetais infetados ficam deformados, amarelados, secam e caem precocemente, cessando assim o crescimento dos novos lançamentos. Ocorre em ambientes húmidos, com rega por aspersão chuvas prolongadas com temperaturas entre 10º e 20º C ou quando a folhagem é muito densa e apertada. Ocorre também com o excesso de nitrogénio, quando há adubo em excesso, uma vez que obriga a planta a absorver mais água que o normal. Afeta também os rebentos jovens e os botões florais.
Míldio
A doença é provocada pelo fungo Peronospora sparsa. As condições favoráveis ao fungo são as quedas bruscas de temperatura e humidade. Normalmente inicia-se no centro da planta e posteriormente atinge as extremidades dos ramos, pecíolos e brotos. Na face inferior da folha, verifica-se uma coloração branco-acinzentado. Na face superior da folha manifesta-se com manchas irregulares e de coloração pardacenta a violácea nas folhas, que posteriormente, com o desenvolvimento da doença leva à perda da folha
Nos cálices e botões florais, as manchas apresentam uma cor avermelhada. Pode ocorrer a desfolha total.
Solução para o oídio e míldio
É importante eliminar as partes infetadas a tempo, de forma a evitar a propagação entre outras folhas e outras plantas. Podemos optar por mudar a planta de lugar ou escolher uma espécie melhor adaptada à humidade do lugar.
Uma forma simples de combater estas doenças é pulverizando as roseiras com uma mistura de bicarbonato de sódio, água e um pulverizador STIHL.
- Encher um pulverizador STIHL com 2 litros de água;
- Colocar 4 colheres de sopa de bicarbonato de sódio;
- Faça a pressurização manual com o pulverizador STIHL;
- Aplique nas plantas afetadas e nas que estão perto para evitar o contágio.
- Deve repetir esta operação até desaparecerem os sintomas por completo.
Veja o vídeo da Jardins para aprender a cuidar das suas rosas
Mancha negra
Não plante as suas rosas muito perto uma das outras plantas. Pode abrir os espaços entre os bastões, fazendo uma poda, caso a planta fique muito densa e o ar não conseguir passar.
Em locais frescos e com humidade permanente, nas diversas variedades de roseiras, este fungo (Marssonina rosae) expressa-se com vigor na primavera e no outono. As folhas apresentam, na página superior e por vezes também na inferior, manchas geralmente arredondadas, negras violáceas, podendo em casos severos ocupar todo o limbo.
As folhas infetadas secam e caem prematuramente, prejudicando assim a condição sanitária das plantas, pois, por vezes, surge uma segunda rebentação o que debilita a planta e, por consequência, a floração.
Solução
É importante não plantar as rosas muito perto de outras plantas, uma vez que o ar não consegue passar. Em plantas com ataques severos, recomenda-se uma poda mais intensa, com a consequente recolha e queima das partes vegetais infetadas.
Deve-se podar 15 a 20 cm abaixo da infeção e só em tempo seco. Posteriormente deve-se desinfetar o material de corte com uma solução de lixívia a 10% ou álcool, entre cortes.
Ferrugem
Doença com alguma gravidade, especialmente em climas húmidos, ao contrário de situações mais estivais em que o seu desenvolvimento cessa.
O fungo Phragmidium produz manchas amareladas na página superior das folhas, sendo que na página inferior lhes correspondem manchas mais claras e com pústulas. Destas solta-se um pó amarelo a alaranjado. No verão/outono, surgem pústulas amarelas-avermelhadas bem como outras acinzentadas também libertando esporos. Nos lançamentos e na base das flores, também se observam pústulas semelhantes.
Solução
É fundamental, na primavera, proceder ao corte e queima de tecidos vegetais afetados. Caso não seja possível ou suficiente, poder-se-á recorrer a tratamentos com fitofármacos à base de mancozebe, de miclobutanil ou de enxofre molhável. Estes devem ser iniciados ainda com o botão floral fechado.
Para aprender a plantar rosas veja o vídeo da Jardins: Como Plantar Rosas
Fontes:
José Pedro Fernandes in “Como Podar Roseiras Arbustivas”
Rui Tujeira in “Salve as suas Roseiras”
Nuno Lecoq e Ana Luísa Soares in “Vegetação aplicada ao projeto de arquitectura paisagista”
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