O Chelsea Flower Show voltou a Londres. A edição anual da maior exposição de flores do mundo foi inaugurada hoje, 23 de maio, nos terrenos do Royal Hospital Chelsea. Prevê-se que o evento, organizado pela Royal Horticultural Society (RHS), atraia cerca de 165.000 pessoas, segundo o Telegraph.
Serão cinco dias em que os visitantes poderão apreciar inovadores jardins, vegetais, arranjos florais, fotografias e muito mais. A seleção não é feita ao acaso. Aqui estarão cerca de 500 stands e jardins com o trabalho de prestigiados arquitetos paisagistas, produtores de flores e outros especialistas mundiais. Destes expositores, o júri atribui galardões aos melhores.
O evento é conhecido por atrair todos os anos a alta sociedade, várias celebridades e a família real britânica. A rainha de Inglaterra e Kate Middleton, duquesa de Cambridge, visitaram a exposição na segunda, um dia antes da abertura ao público.
Jardins inovadores recebem prémios
Um jardim inspirado numa pedreira, outro nas cidades e outro com elementos industriais receberam as medalhas de ouro na secção de jardins.
O título considerado mais importante, “Best Show Garden“, foi para o M&G Garden, desenhado por James Basson. “Inspirado por uma pedreira abandonada em Malta, o M&G Garden tem blocos monumentais de calcário com ervas, perenes, persistentes e [plantas de] cobertura de solo únicas naquela ilha árida Mediterrânica. O terreno é dividido numa série de zonas, cada uma com a sua ecologia, desde mato a paisagem de garrigue e falésia. A mensagem por detrás da criação do designer é que os humanos precisam de fazer algo para preservar o ambiente frágil do nosso planeta,” referiu a RHS.
O prémio “Best Fresh Garden” foi para o jardim City Living de Kate Gould. Este consiste num “espaço imaginado num complexo de apartamentos, oferecendo aos habitantes pequenos jardins agradáveis,” segundo a organização. Nestes são utilizados “materiais inovadores” e “plantações estruturais” que exploram “as possibilidades de usar plantas resistentes, tropicais e tolerantes da sombra”.
O Walker’s Wharf Garden, por sua vez, arrecadou o título “Best Artisan Garden“. O design de Graham Bodle agradou ao júri por transformar “um espaço industrial abandonado numa área exterior utilizável. Um cais industrial inutilizado (…) dá a inspiração.” As plantas utilizadas foram pinheiros, coníferas e ervas para cobrir o chão, em harmonia com a paisagem industrial.
A planta do ano
Outro prémio que merece destaque é o de “Planta do Ano“. A vencedora foi a amoreira “Charlotte Russe“ (“Matsunaga“), o resultado do trabalho de muitos anos de Hajime Matsunaga. Segundo a RHS, “esta amoreira compacta tem o tamanho perfeito para pequenos jardins e pátios. Esta planta auto-polinizadora só chega a 1.5m e produz frutos de junho a setembro em plantas de um ano. A maioria das amoreiras demora cerca de oito anos a alcançar a maturidade.”
A Flora Toscana também foi galardoada pela sua exibição de próteas e outras flores do tempo dos dinossauros.
Veja todos os vencedores aqui.
Fotos: Royal Horticultural Society
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