Lisboa, 13-15 de março
Tive a oportunidade de estar presente na Conferência promovida pela AIPH, no âmbito do seu encontro de primavera que este ano decorreu em Lisboa.
Estiveram presentes cerca de 50 profissionais e técnicos do setor da produção de plantas, com representantes de países como China, Japão, Canadá, Países Baixos, Hungria, Brasil, Suíça, Itália e Portugal. O evento, que decorreu em Lisboa durante três dias, começou com a AIPH Expo Conference em que foram anunciados os objetivos dos organizadores das: Exposições Internacionais de Horticultura que a AIPH irá organizar nos próximos anos: No Qatar ainda em 2023, na China em 2024 e em 2026 na Tailândia.
No segundo dia, Portugal, embora não seja associado da AIPH, foi convidado a estar presente e a fazer uma apresentação do mercado da Horticultura Ornamental em Portugal: avanços e oportunidades face à crise do custo da energia.
Entre os oradores, destacam-se importantes especialistas do sector português como Ricardo Silvestre, Vice-Presidente da APPP-FN (Associação Portuguesa de Produtores de Plantas e Flore Naturais), que na sua intervenção nos deu a conhecer um panorama da horticultura ornamental em Portugal e referiu como o clima português pode ser aproveitado pelos produtores. Uma das participações mais interessantes foi a de Miguel Costa, professor e investigador da Universidade de Lisboa, que fez uma excelente apresentação sobre o mercado português de produção de plantas, mostrando a sua grande diversidade ao longo do pais, dando-nos a conhecer quais os maiores desafios, conquistas e potencial para o futuro.
Sarah Von Fintel da Global GAP fez uma apresentação das novas regras para a certificação, com preocupações não apenas ao nível da produção, sustentabilidade ambiental, mas também com as boas práticas em relação aos trabalhadores. Referiu que os critérios para a certificação estão adaptados para todo o tipo de produtor, mesmo para as empresas mais familiares. Hoje em dia a certificação é muito mais completa, percorrendo 64 pontos em vez dos 54 anteriores.
O impacto da certificação Global G.A.P é muito positivo, pois para além promover uma maior sustentabilidade em todo o processo de produção, ajuda na diminuição e gestão dos riscos sociais.
Rick van Woudenberg, coproprietário da Van Woudenberg Tuinplanten, compartilhou a sua experiência como produtor holandês que tem uma parceria de grande sucesso em Portugal, para dar resposta á procura de plantas de época.
A segunda parte do dia foi reservada aos países membros e participantes, onde puderam apresentar o panorama da produção em cada um dos seus países, focando o estado atual, os desafios e oportunidades, as iniciativas de apoio aos produtores durante o Covid e agora com a crise energética e a guerra. Foram ainda apresentados vários exemplos de cidades verdes.
No terceiro dia o grupo de produtores teve oportunidade de visitar alguns espaços verdes em Lisboa, bem como alguns produtores nacionais de plantas e flores na zona do Montijo.
O que é a AIPH
Os membros da Associação Internacional de Produtores Hortícolas (AIPH) são produtores de flores e plantas ornamentais de todo o mundo que estão unidos por um objetivo essencial – promover o mercado da produção de plantas. Para além de todos os anos organizarem encontros em vários países, organizam também anualmente Exposições Internacionais de Horticultura, em todo o mundo.
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