Revista Jardins

Cuide do seu relvado

Saiba quais as doenças de primavera e verão e como combatê-las com sucesso.

Os agentes nocivos referentes aos relvados não se limitam às doenças. São também agentes nocivos com grande relevância as pragas das espécies Typula paludosa, a T. oleracea, os escarabeídeos e os ralos. Esta temática deverá assim ser abordada numa edição futura.

As folhas das plantas apresentam no seu conjunto, durante o verão, manchas irregulares de tonalidades amarelo-bronzeado que podem variar de alguns centímetros a mais de um metro. Ao longo das folhas, estas manchas encontram-se fortemente pontuadas por esporos negros.

Na primavera e outono, as folhas adquirem um aspeto alaranjado a bronzeado, sem esporos visíveis.

Ocorrem ataques radiculares, apresentando manchas negras e podem mesmo apodrecer totalmente. A relva morre em manchas indefinidas. Trata-se de uma doença característica de primavera, verão e outono. Recorrer a aplicações controladas de nitrato de potássio ajuda a controlar e evita o desenvolvimento dos ataques ao nível das folhas. Também a aplicação de sulfato de amónio é muito eficaz na redução dos ataques radiculares.

Do ponto de vista dos tratamentos preventivos/curativos, é possível recorrer a fitossanitários à base de clorotalonil + propiconazol, de azoxistrobina, de clortalonil + tebuconazol e de mancozebe.

Dollar Spot

Dollar Spot

Os sintomas evidenciados em relvados cortados abaixo de 2 cm expressam-se por manchas arredondadas, com diâmetro até 5 cm e de tom amarelado. Em relvados sujeitos a corte mais altos, estas manchas são irregulares, esbranquiçadas e de maior dimensão. As folhas contaminadas desenvolvem zonas com cloroses que se tornam húmidas, ficando posteriormente esbranquiçadas. Trata-se de uma doença típica de primavera, verão e início de outono em que as temperaturas entre os 15 e os 30 ºC; a alternância dos dias quentes e húmidos com noites frescas; a formação de orvalho.

Assim como as deficiências de azoto, se assumem como favoráveis ao seu desenvolvimento. Para controlo do patógeno, devem-se promover fertilizações ricas em azoto, recorrer a alturas de corte mais altas. Moderar as regas, ou seja, regar menos vezes, mas por um período de maior tempo. Nesta época de mudança de temperaturas, deve estar mais atento às alterações do seu relvado.

Leia também: Como escarificar o relvado

Antracnose

Antracnose

As folhas das plantas apresentam no seu conjunto, durante o verão, manchas irregulares de tonalidades amarelo-bronzeado que podem variar de alguns centímetros a mais de um metro. Ao longo das folhas, estas manchas encontram-se fortemente pontuadas por esporos negros. Na primavera e outono, as folhas adquirem um aspeto alaranjado a bronzeado, sem esporos visíveis.

Ocorrem ataques radiculares, apresentando manchas negras e podem mesmo apodrecer totalmente. A relva morre em manchas indefinidas. Trata-se de uma doença característica de primavera, verão e outono Recorrer a aplicações controladas de nitrato de potássio ajuda a controlar e evita o desenvolvimento dos ataques ao nível das folhas.

Também a aplicação de sulfato de amónio é muito eficaz na redução dos ataques radiculares. Do ponto de vista dos tratamentos preventivos/curativos, é possível recorrer a fitossanitários à base de clorotalonil + propiconazol; de azoxistrobina; de clortalonil + tebuconazol e de mancozebe.

Rhizoctonia

Rhizoctonia

Exibe manchas arredondadas de relva seca entre 5 cm e mais de um metro de diâmetro com o centro verde. Surgem manchas de cor amarela-palha sobre as folhas com o contorno castanho-escuro a preto.

Trata-se de uma doença típica de primavera, verão e outono, com maior expressão em condições de humidade elevada e temperaturas noturnas que rondem os 20ºC.

Devem-se evitar as regas noturnas, pois promovem a humidade nas folhas durante a noite. Simultaneamente é importante manter níveis adequados de nutrientes no solo, preferencialmente fertilizantes ternários com rácios 3:1:2.

Os tratamentos são possíveis através de fitossanitários à base de azoxistrobina, de clorotalonil + propicinazol e de iprodiona.

Lepthosphaerulina

Lepthosphaerulina

Não sendo uma doença dos relvados tão agressiva como outras, causa perda de cor generalizada e potencialmente severa em folhas mais velhas, podendo ser agravada no caso de solos mais compactos e/ou com outros agentes patogénicos presentes.

O patógeno vive no solo, colonizando os tecidos enfraquecidos e em fase senescente de inúmeras plantas. Trata-se de uma doença característica de primavera, verão e outono, em que as condições de calor húmido, relva stressada e solos compactados são favoráveis ao seu desenvolvimento.

Recorrer a fertilizações controladas e com cálcio ajuda a doença. Também são de assegurar corretas condições hídricas no solo. Devem-se evitar os tratamentos com herbicidas (especialmente na primavera e outono). Do ponto de vista dos tratamentos preventivos/curativos, é possível recorrer a fitossanitários à base de azoxistrobina.

Leia também: Como escarificar o relvado

Helmintosporiose

Helmintosporiose

Na primavera, a doença exterioriza-se em manchas foliares, de cor castanha a castanha-avermelhada que podem ocupar toda a largura da folha. As plantas atacadas morrem em menos de um mês. No verão, com o aumento da temperatura e com o tempo mais seco, a relva que não morreu começa a recuperar.

Contudo, com a humidade do outono, a doença reinstala-se e prossegue os seus ataques. A doença é assim favorecida pelo excesso de humidade sobretudo nas condições frescas de primavera e outono. Os ataques são mais severos quando a relva se encontra sob stresse.

Assim, é importante evitar os tratamentos herbicidas seletivos para controlo de folha larga (especialmente na primavera e outono). Devem-se moderar as fertilizações azotadas e recorrer a quantidades generosas de potássio e garantir a presença de fósforo. Os tratamentos são possíveis através de fitossanitários à base de azoxistrobina, de clorotalonil + propicinazol e de iprodiona.

Veja o vídeo: Como e porque se deve aparar o relvado

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