O mais recente Relatório do Estado do Ambiente indica que, em 2019, a taxa de reciclagem de embalagens de madeira foi de 91%, valor que ultrapassou de forma significativa a meta estabelecida em 15%.
Também na valorização das embalagens de papel e cartão, a meta de 60% foi superada, já que a taxa de reciclagem registada para estes materiais foi de 71%.
Para estes indicadores, a Fileira do Pinho deu um contributo, de acordo com os dados recolhidos anualmente pelo Centro PINUS junto dos seus associados.
Os últimos Indicadores da Fileira do Pinho relativos a 2020 revelam que foram recicladas:
- 271 mil toneladas de resíduos de madeira (+37% face a 2019)
- 203 mil toneladas de papel para kraftliner (+1% face a 2019).
A valorização destes materiais, através da reciclagem, permite a produção de painéis de madeira utilizados, por exemplo, em mobiliário e a produção de papel de embalagem. A procura de mercado destes produtos aumentou acentuadamente com a pandemia, devido ao crescimento do comércio eletrónico e das renovações das casas. No entanto, a capacidade das indústrias para darem resposta a este aumento de procura encontra-se condicionada pelo défice de madeira. O aumento da utilização de materiais reciclados tem sido uma das estratégias utilizadas para tentar suprir este défice.
O Centro PINUS alerta que existe uma grande margem para melhorar a reciclagem no nosso país. Ainda há, por exemplo, muita madeira que é depositada em aterro. Seria muito importante proibir a deposição de madeira em aterro ou aumentar a sua taxação.
De acordo com o Centro PINUS, a Fileira do Pinho pode dar um contributo significativo para o Plano de Ação para a Economia Circular em Portugal, que assenta na prevenção, redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais e energia.
Esta Fileira já tem práticas enraizadas de economia circular, com vários casos de sucesso, como o da Sonae Arauco que pode conhecer melhor aqui.