A gaivota-de-audouin é uma espécie ameaçada, mas Portugal contraria a tendência. A maior colónia do mundo desta espécie vive na Ria Formosa e está a crescer. Foram contados sete mil ninhos.
A gaivota-de-audouin está em declínio a nível mundial, mas a população portuguesa contraria essa tendência: desde que se estabeleceu na Ria Formosa há cerca de uma década, os números desta espécie ameaçada têm aumentado todos os anos. Este ano, especialistas do projeto LIFE Ilhas Barreira contabilizaram mais de 7000 ninhos da espécie, quase três vezes mais do que no início do projeto, em 2019.
Esta elegante gaivota de patas cinzentas identifica-se pelo bico vermelho. Ao contrário de outras espécies de gaivotas, a gaivota-de-audouin continua a alimentar-se sobretudo de peixe, aproveitando as rejeições das pescas, e raramente consome resíduos em lixeiras ou outros tipos de desperdícios humanos.
Em todo o mundo, esta espécie reproduz-se apenas num pequeno número de colónias, o que a deixa especialmente vulnerável a ameaças como os predadores terrestres e a perturbação humana. Em Portugal, o projeto LIFE Ilhas Barreira, financiado pelo programa LIFE da União Europeia, tem minimizado estas ameaças na principal colónia de reprodução da espécie, na Ilha Deserta/Barreta.
Fotografia de Ana Almeida.
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