A verbena (Verbena officinalis) é uma planta perene e persistente muito comum em Portugal continental e ilhas. Também é conhecida como gerbão, ulgebrão, erva-sagrada e erva-dos-leprosos. Desenvolve-se facilmente em qualquer cantinho, mas prefere locais húmidos e sombrios.
Mas, ao contrário do que se possa pensar, não é a que muitas vezes aparece nos rotúlos de embalagens de chá. O que acontece é que a Verbena officinalis é comumente confundida com uma familiar sua, a lúcia-lima (Aloysia triphylla), denominada também de verbena-limão ou limonete. Ambas possuem a mesma designação taxónomica – a familía das Verbenáceas -, apresentando em comum o tipo de flor.
História
Ao longo de vários séculos de história, esta planta tem adquirido diferentes significados e aplicações. Para os romanos, a verbena era vista como uma planta sagrada utilizada para selar pactos e acordos. Além disso, as flores desta planta eram usadas pelos embaixadores em ocasiões especiais. É também considerada uma planta afrodisíaca.
Esta aromática era utilizada durante a Roma antiga, para a purificação das pessoas e proteção de soldados, lares e divindades.
Em cerimónias religiosas era denominada de “erva-santa” e colocada nos altares, devido à crença de a verbena ter sido usada para limpar as feridas de Jesus Cristo aquando a sua crucificação.
Durante a Idade Média, esta aromática era utilizada ao peito, como talismã contra a peste, mordidas de serpente e mau olhado.
Já na mitologia Celta, a verbena era uma planta muito respeitada e habitual em rituais de magia e proteção, bem como solução para todos os males.
No século XVI chegou ainda a ser utilizada pelos apoticários (farmacêuticos) de forma oficial no tratamento de quase 30 doenças.
Hoje em dia tem um papel relevante na fitoterapia ocidental e na Medicina Tradicional Chinesa.
Com Fernanda Botelho
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