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Jardins Abertos regressam em maio

Jardins Abertos 2024

 

Jardins de Lisboa voltam a abrir ao público em maio

 

Com a chegada da primavera, regressa o festival Jardins Abertos que irá abrir os jardins de Lisboa gratuitamente ao público. Este ano, ao longo de todos os fins de semana de maio poderá visitar 30 jardins da capital em visitas guiadas, oficinas e atividades para famílias.

Para além dos eixos fundamentais, sobre o respeito e o reconhecimento da importância da paisagem natural de Lisboa, do nosso país e do planeta que habitamos, a programação deste ano foi desenhada a pensar nos cinco sentidos, através dos quais interagimos e experienciamos o mundo. Segundo Tomás Tojo, diretor do festival, esta programação é uma continuidade orgânica da edição passada que se debruçou sobre a temática das cidades comestíveis, mas onde quiseram “explorar, como principal eixo programático, os sentidos e a sensorialidade enquanto princípio de aproximação e imersão na paisagem. Assim, propomos atividades que convidam a uma participação mais intima na ecologia dos jardins e apelam à exploração dos sentidos, sob distintas abordagens, traduzindo-se em atividades como visitas, passeios, oficinas e performances. Para além disto, aflorámos também ideias como a desaceleração e o decrescimento, as quais gostaríamos de continuar a desenvolver no futuro”.

Uma das grandes novidades deste ano é que, invés de duas edições por ano, os dias são concentrados em apenas uma edição anual, em plena primavera. O objetivo é coordenar a programação dos diferentes fins de semana numa lógica de abertura de jardins em proximidade para facilitar a mobilidade dos visitantes.

Nesta 13ª edição dos Jardins Abertos poderão ser visitados espaços inéditos, como o Jardim do Dragão do Centro Científico e Cultural de Macau, o Jardim do Atelier do Grilo, o Parque Hortícola da Terra de Minas na Tapada da Ajuda e o projeto Urbem Florestas Urbanas que está a tornar as cidades mais verdes, para todos. Poderão ser visitados também jardins especiais, que nos convidarão a usar todos os nossos sentidos, como a Estufa Fria de Lisboa, os Jardins do Palácio Fronteira ou a Quinta Pedagógica dos Olivais. Tomás Tojo destaca o regresso do Mercado de Plantas a acontecer no Largo Conde Barão, bem como um evento de encerramento celebrado numa performance sensorial na recentemente inaugurada Casa do Jardim da Estrela.

 

Jardins Abertos 2023

 

O festival Jardins Abertos surge como estratégia e resposta à vontade de promover uma conexão forte e positiva com a natureza, aliando a sustentabilidade ao contexto urbano. Tomás Tojo reflete sobre a importância de eventos sobre jardins dizendo que “o nosso foco é a educação ambiental e o ativismo regenerativo social e ecológico. Os jardins são pretexto e lugar onde se promovem estes temas – nas suas múltiplas ramificações e complexidades – debatendo sobre a sua importância à escala local e global e convidando as pessoas a um envolvimento direto e não meramente conceptual ou ideológico”.

A caminho dos oito anos de existência, após mais de 120 jardins abertos e contando com 23 000 participações nas edições de 2023, os Jardins Abertos já são um evento consolidado e esperado em Lisboa. Para Tomás Tojo, o desafio está agora na “gestão de equipas grandes, nomeadamente a equipa de voluntariado, a gestão das relações protocolares e institucionais, a sustentabilidade financeira, manter a qualidade e relevância na reinvenção da programação e a existência de muitos formatos e suportes de comunicação”.

De facto, o festival é alicerçado por uma grande equipa de voluntários. “Sem a equipa de voluntariado não seria possível fazer o festival no mesmo formato ou com o mesmo alcance, uma vez que é este corpo de pessoas – uma média de 75-80 por edição – que abrem os jardins, acolhem os visitantes e apoiam os orientadores na gestão dos grupos nas atividades da programação. Para além do contributo fundamental nos dias do festival, esta comunidade tem também uma participação ativa em eventos prévios ao festival onde se faz jardinagem coletiva em alguns dos jardins da programação”, afirma Tomás Tojo.

O evento conta mais uma vez com o apoio da Planta Livre, empresa familiar com viveiros próprios, dedicados à produção de plantas ornamentais, com mais de 77 hectares de produção. Ao longo dos últimos anos tem apoiado o Festival Jardins Abertos em diferentes projetos, como é o caso das “Varandas verdes”, o “Mercados Jardins Abertos”, algumas performances e outros eventos do festival. Este ano, conta com o seu apoio e doação de plantas na abertura do festival e no encerramento, que consistirá num percurso/performance/instalação gastronómica e floral, onde será possível mergulhar numa experiência sensorial muito curiosa.

Veja a programação completa do festival Jardins Abertos 2024 e não deixe de visitar os jardins de Lisboa.

 

Fotografias de Aline Macedo.

 

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