A IKEA, empresa sueca de mobiliário para a casa, inaugurou hoje, dia 30 de março, a quinta loja em Portugal. A localização escolhida foi Loulé, no Algarve – é a primeira loja da marca no sul do país.
Uma forte aposta na sustentabilidade e no mercado local, com soluções para as casas e jardins algarvios, distinguem esta loja das restantes. A revista Jardins esteve na apresentação do espaço à imprensa, dia 29, e revela-lhe as novidades.
Uma casa algarvia, com certeza
A IKEA Loulé não é igual à de Lisboa ou à de Matosinhos. Os algarvios são diferentes e a empresa dedicou-se a estudá-los para encontrar soluções para este mercado. A gama é a mesma, mas as sugestões e soluções apresentadas na loja adaptam-se às realidades locais.
De acordo com Marta Cunha, Interior Designer Leader, 65% das casas algarvias “têm varandas ou terraços que são usados na maior parte do ano”. Nos terraços, que normalmente são “grandes”, os algarvios gostam de fazer refeições – “adoram barbecues” – por isso a loja de Loulé apresenta mais “soluções integradas para terraços”. As varandas são utilizadas por muitos algarvios para estender a roupa, por isso na loja é possível encontrar propostas para este efeito.
Quem passeia por este espaço de 24.000 m2 encontra, de facto, uma aposta no mobiliário e nos acessórios para espaços exteriores, desde grelhadores a suportes para plantas trepadeiras. Nem o restaurante escapou: é possível fazer refeições no exterior, num terraço, e comer um prato de grelhados (além de almôndegas de bacalhau, outra novidade na ementa).
Uma aposta nas plantas
Com o lançamento de produtos como um terrário, um jardim hidropónico ou uma mini estufa para ter em casa, é clara a aposta da IKEA nas plantas e no seu cultivo. Segundo Marta Cunha, o que motiva este foco é “uma tendência a nível global de começar a cultivar em casa. A nível de produtos, desenhámos alguns mais pequenos, possíveis de integrar numa cozinha, marquise ou varanda para promover esse cultivo e o gosto que as pessoas têm pela cozinha, por ter as ervas aromáticas. Há uma ligação muito interessante com a cozinha, podemos utilizar aquilo que estamos a produzir e as pessoas gostam de o poder fazer. É o nosso cultivo, o nosso filho, dá-nos gozo”.
No que diz respeito aos acessórios para plantas e exterior, Marta Cunha nota uma tendência nos gostos dos consumidores da IKEA: “as pessoas procuram mais o estilo moderno. O tradicional, curiosamente, não é tão procurado”.
Objetivo: sustentabilidade
Os painéis solares do IKEA de Loulé e a parafernália que os acompanha são inescapáveis ao olho. Representam um investimento de um milhão de euros que tem um objetivo: tornar a loja sustentável. “Vamos começar a instalação para, até ao verão, termos painéis solares que garantam aproximadamente um quarto da energia que a loja necessita”, refere Cláudia Domingues, Responsável de Comunicação Corporativa e Sustentabilidade da empresa. A loja aposta ainda em estratégias como a utilização de eletricidade em LED, clarabóias para aproveitar a luz natural e a implementação de soluções de poupança de água.
Também é importante “dar às pessoas ferramentas e instrumentos para poderem em casa ser mais sustentáveis”, acrescenta Cláudia Domingues. E já há mais produtos deste género a serem preparados, para acrescentar aos que já são comercializados pela IKEA. “Estamos a desenvolver alguns produtos específicos, por exemplo, tapetes que são feitos à base de plásticos reciclados. Já temos alguns produtos (como um regador) que são de plástico sustentável. Alguns móveis nossos são feitos no interior de cartão, mas sujeitos a testes para serem resistentes, para evitar a destruição dos bosques. E acabámos de lançar uma porta de cozinha completamente feita de plástico reciclado”, revela a designer Marta Cunha.
A IKEA pretende ainda apostar na sustentabilidade de outras formas. De acordo com Arack Ayadi, diretor da loja de Loulé, a empresa vai revelar brevemente uma iniciativa de “responsabilidade social local” para “ajudar crianças da comunidade”.
E para o futuro, a IKEA tem mais planos para Portugal? Segundo Fernando Caldas, Diretor de Expansão nacional, a resposta é “sim”. Os objetivos são abrir mais 10 lojas até 2025 e “aproximarmo-nos mais de Lisboa e do Porto, entrar no centro das cidades.”
Gostou deste artigo?
Então leia a nossa Revista, subscreva o canal da Jardins no Youtube, e siga-nos no Facebook, Instagram e Pinterest.