Como a maioria dos paços galegos, o de Oca foi no início um castelo-fortaleza que no séc. XVIII se converteu em residência apalaçada, rodeada de jardins barrocos. Estes magníficos espaços verdes, salpicados por lagos, forma hoje um conjunto arquitetónico-paisagístico de características únicas.
![](https://i0.wp.com/revistajardins.pt/wp-content/uploads/2018/08/38-41-2.jpg?resize=300%2C220&ssl=1)
A sua estrutura organiza-se a partir de uma ampla entrada principal que atravessa o vestíbulo da casa, situado na faixa meridional, e abre passagem para o jardim. Em frente, em primeiro lugar, encontra-se o jardim quadrado a cujo centro preside uma fonte do séc. XVIII, amparada por uma densa massa de buxos talhados em forma de bola.
![](https://i0.wp.com/revistajardins.pt/wp-content/uploads/2018/08/38-41-4.jpg?resize=300%2C220&ssl=1)
A partir daqui, cruzando um arco baixo situado num edifício lateral, acede-se ao jardim interior, que se caracteriza por contar com dois lagos e hortênsias. Uma larga ponte de pedra com balaústres separa ambos os jardins. No centro, destaca-se um barco em pedra, uma reprodução de um navio de guerra.
![](https://i0.wp.com/revistajardins.pt/wp-content/uploads/2018/08/38-41-3.jpg?resize=300%2C221&ssl=1)
Planta altas
Ambos os espelhos de água se encontram demarcadas por largas avenidas delineadas por tílias cobertas de buxos. Também se destacam camélias, eucaliptos e magnólias. O clima temperado gerou o amadurecimento de uma vegetação exuberante, típica da zona, rododendros, azáleas, medronheiros e variedades de roseiras.
Algumas ideias
![](https://i0.wp.com/revistajardins.pt/wp-content/uploads/2018/08/38-41-6.jpg?resize=220%2C300&ssl=1)
1- Desenhos com buxo
O terraço mais elevado do jardim exibe originas desenhos heráldicos criados a partir de buxos (Buxus sempervirens). Trata-se do arbusto que melhor aceita a poda escultórica.
![](https://i0.wp.com/revistajardins.pt/wp-content/uploads/2018/08/38-41-7.jpg?resize=300%2C221&ssl=1)
2- Alpendre-refúgio
Com buxo também se criou um labirinto decorativo. De ambos os lados dos parterres colocaram-se os alpendres com cobertura de telha de barro, perfeitos refúgios para os dias de chuva.
![](https://i0.wp.com/revistajardins.pt/wp-content/uploads/2018/08/38-41-5.jpg?resize=219%2C300&ssl=1)
3- Em sol-sombra
A gunera (Gunnera manicata) é a perene que tem as folhas maiores. Cresce nos solos húmidos e melhor à sombra, como aqui, coberta pelas pétalas de uma camélia.
![](https://i0.wp.com/revistajardins.pt/wp-content/uploads/2018/08/38-41-10.jpg?resize=300%2C219&ssl=1)
4- Jarros sempre húmidos
Os jarros (Zantedeschia aethiopica) gostam tanto de humidade que a sua melhor localização é ao lado de uma fonte, ao Sol/sombra.
![](https://i0.wp.com/revistajardins.pt/wp-content/uploads/2018/08/38-41-11.jpg?resize=219%2C300&ssl=1)
5- Água não falta
O clima atlântico também se caracteriza pela abundância de água. Aqui, tem uma fonte em pedra, que nasce num muro decorado com musgo e que cai sobre uma pia.
Fotos: Bojstad/Mencos
Gostou deste artigo?
Então leia a nossa Revista, subscreva o canal da Jardins no Youtube, e siga-nos no Facebook, Instagram e Pinterest.