Revista Jardins

Uma planta, uma história: Chiquita-bacana

A chiquita-bacana (Euphorbia fulgens) pertence ao mesmo género da poinsétia (Euphorbia pulcherrima), conhecida por manhã-de-páscoa na Madeira e estrelas-de-natal nos Açores e em Portugal continental.

Nestas duas espécies mexicanas, as verdadeiras flores são pequeninas. As estruturas vistosas são folhas modificadas ou, melhor dizendo, brácteas.

As poinsétias são muito populares no Natal graças às vistosas brácteas vermelhas.

As chiquitas-bacanas são muito menos conhecidas, mas não menos belas.

As inflorescências localizadas nas extremidades dos ramos são muito atrativas, graças à densidade de brácteas vermelhas-alaranjadas, que, para os menos atentos aos segredos da botânica, se confundem com pétalas.

O nome específico (fulgens), que significa brilhante, não lhe foi atribuído por acaso.

Este arbusto semi-herbáceo, lactescente e caducifólio, atinge 1,5 m de altura. Os ramos arqueados, com 1,10 m a 1,3 m de comprimento, suportam de forma alternada as folhas lanceoladas (9 cm x 2 cm a 10 cm x 3 cm) com pecíolos de 3 cm.

Condições de cultivo

Gosta de boa exposição solar e de solo húmido mas não encharcado. Definha e morre quando plantada em jardins com a temperatura média do mês mais frio inferior a 10 ºC.

A multiplicação por estacas herbáceas é relativamente fácil e deve ser feita na primavera, após a perda das folhas.

A floração

Na Madeira, a chiquita-bacana floresce abundantemente de novembro a fevereiro, constituindo uma excelente opção para quem gosta de ter o jardim florido todo o ano e uma boa alternativa para fugir à massificação das poinsétias no Natal.

B.I.

Nome científico: Euphorbia fulgens

Nome vulgar: Chiquita-bacana

Porte: Arbusto

Família: Euphorbiaceae

Origem: México

Morada: Jardim do Tojal, Faial, Nordeste da ilha da Madeira.

Fotos: Raimundo Quintal

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