Revista Jardins

Podas de inverno: tudo o que deve saber

É comum assumir-se que as plantas precisam de ser podadas para se desenvolverem bem, mas esta afirmação carece de fundamento.

As plantas surgiram na Natureza muito antes do ser humano, e, como tal, sem que fossem podadas. Apesar disso, sobreviveram e evoluíram assim, sós, durante muitíssimos milénios.

Porque se podam as plantas?

As razões para podar uma planta podem ser variadas, mas estão todas mais relacionadas com a necessidade que temos de condicionar o desenvolvimento destas, do que com necessidades da própria planta, que pode perfeitamente sobreviver, crescer e reproduzir-se sem intervenção humana.

O presente artigo, pela diversidade de situações que a temática apresenta será dividido em duas edições dedicando-se a presente edição aos diversos tipos de poda e execução de cortes.

Atarraque em ramos jovens

Tipos de poda

A denominação dos diversos tipos de poda varia bastante de acordo com diversos fatores. Um critério de designação poderá ser de acordo com os diversos objetivos a que o exercício de podar se propõe. Assim temos:

Poda de formação (aplicadas a árvores jovens):

Atarraque em ramos desenvolvidos

Poda de manutenção (aplicada a árvores maduras):

Poda de reestruturação (aplicadas a situações especiais):

Poda de correção (aplicada a situações especiais):

Corte de ramos de grandes dimensões através da técnica de três cortes

Técnicas de corte

Sob o ponto de vista de recuperação das feridas provocadas pela poda, ou seja, de recobrimento da ferida com novas camadas de madeira acrescentadas anualmente, a técnica de execução dos cortes assume especial relevância de modo a minimizar o tempo de exposição da ferida aos agentes externos que poderão ser nocivos para a planta.

Os ramos, na quase totalidade das situações, surgem do interior do tronco através de gomos vegetativos desenvolvidos em anos anteriores.

Assim, nos anos posteriores ao abrolhamento destes gomos vegetativos, o câmbio das plantas vai produzindo anualmente camadas de madeira que vai cobrindo os ramos que derivaram do desenvolvimento dos referidos gomos.

Neste sentido na zona de interceção do ramo com o tronco, existem tecidos que pertencem ao tronco e outros que já pertencem ao ramo, sendo estes últimos os que apenas interessam eliminar, não ferindo o tronco para não comprometer o recobrimento da ferida.

Estes tecidos, que são desenvolvimentos do tronco sobre os ramos, designam-se por ruga da casca e são os tecidos enrugados na parte superior do ramo, sendo que no sentido oposto, na base, existe normalmente uma protuberância designada por colo do ramo.

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