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A Orchidaceae é a família botânica mais extensa do mundo com cerca de 30.000 espécies distribuídas pelos mais diversos habitats.
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Só não existem orquídeas no continente da Antártida, em habitats de puro deserto e em zonas de solo gelado.
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A maior parte das orquídeas são epífitas, i.e., crescem agarradas a troncos e ramos de árvores.
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A maior orquídea do mundo é o Grammatophyllum speciosum, originário do sudeste asiático, podendo uma só planta chegar a pesar duas toneladas, e cada pseudobolbo a atingir até três metros de comprimento. É a chamada orquídea-tigre porque as suas flores têm manchas alaranjadas, lembrando as cores dos tigres.
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A mais pequena orquídea do mundo foi descrita em 2018 e mede entre dois e três milímetros. Foi descoberta na Guatemala e chama-se Lepanthes oscarrodrigoi.
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Em Portugal, existem cerca de 70 espécies de orquídeas, todas elas protegidas por lei e em perigo de extinção.
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A orquídea mais rara da Europa é portuguesa e existe somente na ilha de São Jorge, nos Açores, e chama-se Platanthera azorica.
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A planta de interior mais vendida em todo o mundo é a orquídea Phalaenopsis!
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Em 1856, em Inglaterra foi exibida a primeira orquídea híbrida em flor com o nome Calanthe dominii; desde essa altura já foram registados mais de 200.000 híbridos de orquídeas.
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As flores das orquídeas são hermafroditas, tendo o órgão masculino e feminino numa mesma estrutura com o nome coluna. No entanto, existem dois géneros de orquídeas que produzem flores masculinas e flores femininas separadas na mesma planta, são os Catasetum e os Cycnoches.
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As orquídeas-macaco, cujas flores parecem pequenas caras-de-macaco, são originárias da América do Sul e o seu nome verdadeiro é Dracula, mas nada tem a ver com o conde Drácula, o seu nome significa “pequeno dragão”.
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A mais importante orquídea utilizada na culinária é o género Vanilla, cujos frutos, depois de maduros, são ricos no composto orgânico vanilina. Esses frutos são as vagens de baunilha.
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Há muitas orquídeas perfumadas, mas nem todas têm aromas agradáveis ao olfato humano. Há alguns Bulbophyllum que têm fortes aromas que lembram carne putrefacta ou urina de felinos. Essas orquídeas têm muito sucesso com alguns insetos polinizadores, mas são menos adoradas por quem as cultiva!
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O tempo de floração das orquídeas é muito variável, por exemplo, a flor de uma Vanilla só está aberta algumas horas enquanto algumas Phalaenopsis têm florações que podem durar mais de quatro meses.
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A orquídea Peristeria elata é a flor nacional do Panamá. É também chamada orquídea-espírito-santo. Se observarmos com atenção, encontramos uma pomba branca no interior da flor.
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As flores das orquídeas têm muitos polinizadores diferentes, sendo a grande maioria insetos, entre eles, abelhas, borboletas, moscas e formigas, mas há também outros animais que são atraídos pelas orquídeas para polinizar as suas flores, como beija-flores, pequenos roedores e morcegos.
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Darwin estudou durante muitos anos os segredos das orquídeas e chegou mesmo a prever a existência de uma borboleta-noturna como polinizador de uma bonita orquídea africana. Quarenta anos depois, os cientistas descobriram que o animal que Darwin tinha descrito existia mesmo.
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Cada vagem ou fruto de orquídea pode conter alguns milhões de sementes de orquídeas de tamanhos microscópicos. A sua leveza permite que o vento as espalhe por vários quilómetros de distância. Essas sementes não têm reservas de alimento como as sementes de outras plantas e assim têm de criar uma parceria com um fungo que as ajuda nas primeiras fases de germinação.
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O tempo médio de crescimento de uma planta de orquídea até à primeira floração pode variar entre os três, cinco e até 20 anos.
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Há orquídeas com folhas de cores, tamanhos e texturas muito diferentes e há até orquídeas que nunca desenvolvem folhas. As flores brotam diretamente das raízes. São as chamadas orquídeas-fantasma.
Há muito para conhecer sobre as orquídeas e os seus segredos, espero que continuem a gostar de ler os meus artigos sobre estas maravilhosas plantas na revista Jardins.
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