Sabia que as plantas também sofrem de carências nutritivas? Leia o artigo completo para ficar a conhecer a importância do fósforo nas plantas.
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Nutriente:
Nos solos agrícolas o fósforo está presente nos complexos orgânicos (fósforo orgânico) e sob a forma de sais minerais (fosfato tricalçico e monocalçico), sendo o seu teor mais elevado em solos ricos em substâncias orgânicas. As bactérias (actinomicetes) e fungos conseguem transformar o fósforo orgânico em mineral, ficando disponível para as plantas.
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Classificação:
Macronutriente principal.
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Nível de normalidade na planta (m.s):
0,2-1,2 % (normal 0,3-0,5).
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Plantas mais sensíveis:
Citrinos; milho; sorgo; tomate; nabos; batatas; beterraba; trevo; cevada; trigo; aveia; arroz; couves, entre outras.
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Importância para a planta:
- Faz parte das proteínas (aminoácidos), enzimas, coenzimas, vitaminas e ácidos nucleicos. Muito importante no crescimento e desenvolvimento das plantas. As plantas ricas em proteínas têm boas quantidades de fósforo;
- Faz parte do RNA e DNA, influenciando os carateres hereditários;
- Faz parte da “Moeda energética (ATP) em todas as células vivas;
- Contribui para a formação de hidratos de carbono e gorduras;
- Faz parte do metabolismo celular, concentra-se nas partes aéreas jovens;
O fósforo acumula-se principalmente nos órgãos reprodutores (flores e frutos) e nos ácidos nucleicos da célula; - Possui bastante importância na libertação de energia na respiração das plantas;
- É importante na clorofila das plantas (primeiro fixador da energia luminosa necessária à fotossíntese).
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Importância prática:
- Estimula a germinação e formação de sementes, rebentação de gemas;
- Favorece o crescimento das raízes e ápices vegetativos;
- Faz diminuir a fase vegetativa e estimula a entrada da planta nas fases reprodutoras.
- Regulariza a floração, fecundação e maturação dos frutos;
- Aumenta a resistência ao frio, geadas e doenças;
- Melhora a qualidade organolética dos frutos, flores e hortaliças;
- Aumenta a produtividade das plantas e especialmente a frutificação (quantidade e qualidade);
- A presença de fósforo, regulariza a assimilação excessiva de azoto, mantendo um equilíbrio.
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Sintomas/consequências da carência/excesso:
- Arroxeamento (vermelho-arroxeado) na parte inferior das folhas mais velhas, nas nervuras e verde azulado nas folhas mais novas.
- As folhas também podem ficar amareladas e necrosar (ficam castanhas) caindo prematuramente;
- Redução da fotossíntese e de açúcares. O sistema radicular desenvolve-se mal, ficando as plantas com menores capacidades para absorver água e nutrientes;
- Floração deficiente e crescimento lento;
- Maturação tardia e redução da produção de frutos;
- O excesso pode provocar deficiências de Cu, Zn e Fe;
- O Excesso pode levar à salinização e acidificação dos solos.
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Causas de carência:
- PH elevado;
- Elevados teores de óxidos de Fe e Al;
- Solos calcários e argilosos ou turfosos com alta taxa de adsorção;
- Erosão dos solos;
- Temperaturas baixas na fase de emergência;
- Bloqueamento pelo potássio e caliço;
- Solo compactado com falta de matéria orgânica e pouco arejado;
- Carência de Molibdénio;
- Seca prolongada.
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Como corrigir as carências pelo método biológico:
- Aplicar boas quantidades de matéria orgânica rica em húmus;
- Aplicar guano de aves marinhas, de morcego e vermicomposto;
- Aplicar estrume de galinha, peru, pato, morcego, bem decomposto ou chorume de coelho e guano;
- Aplicar adubos orgânicos (permitidos em A.B), farinha de penas, farinha de ossos, casco e chifres, farinha de peixe, bagaço de maçã, etc. Estes devem ser distribuídos ao longo do ciclo cultural para evitar lixiviações;
- O solo tem maior disponibilidade de P, quando o pH está entre 6-7;
- Existem os fungos micorrizas, que podem ser inoculadas nas plantas para favorecer a absorção de P, já que as hinfas fúngicas absorvem pelas células das raízes.
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