Ornamentais

Coelogyne tomentosa

Uma bonita orquídea com cores pouco usuais, muito bonita e de fácil floração.

 

Coelogyne tomentosa

O meu exemplar desta espécie, uma divisão de uma planta adulta com três pseudobolbos que me foi oferecida há seis anos, tem neste momento mais de 15 pseudobolbos e todos os anos produz várias hastes florais. Este ano, deu seis hastes em agosto e mais uma no final de setembro.

É cultivada num cesto suspenso, mas podemos utilizar também cestos de madeira ou vasos de barro ou plástico. Devem, no entanto, estar pendurados, porque as hastes florais são longas e pêndulas. Podem atingir os 60 cm de comprimento e ter até cerca de 30 flores, que duram
aproximadamente três semanas. A minha Coelogyne tomentosa está plantada num cesto de arame forrado com fibra de coco. O substrato é uma mistura de casca de pinheiro com fibra de coco e uma mão-cheia de leca. Antes de colocar o substrato, forrei o cesto com uma camada fina de musgo de esfagno para manter um pouco mais a humidade, pois, quando os vasos estão suspensos, têm tendência a secar mais rapidamente. Está neste substrato há seis anos, nunca foi reenvasada e, por essa razão, é regada uma ou duas vezes por mês com água com fertilizante para orquídeas.

Origem

Na Natureza, são originárias da Malásia, Tailândia e algumas ilhas da Indonésia (Java e Sumatra) e crescem em áreas montanhosas, muitas
vezes em penhascos ou ravinas. São plantas principalmente litófitas, crescendo agarradas às rochas em encostas íngremes e protegidas do sol.

Coelogyne tomentosa

Floração

As plantas têm crescimento simpodial e são constituídas por aglomerados de pseudobolbos ovais alongados que, com o tempo, vão ficando algo enrugados. Na parte superior dos pseudobolbos nascem normalmente duas folhas grandes, verdes e com nervuras longitudinais. Entre
março e outubro, podem despontar florações na base dos pseudobolbos, de início são como uma pequena “espiga”, mas rapidamente se desenvolvem e se transformam numa longa haste floral como um colar ornamentado. 

Ao contrário do que acontece nas Stanhopea (ver artigo do mês passado), as hastes florais não penetram no substrato, mas crescem à superfície, caindo depois pelas laterais dos vasos. No caso das Coelogyne, os vasos ou cestos não necessitam de aberturas laterais, só de furos de drenagem no fundo do vaso.

Condições de cultivo e manutenção

Em muitos livros, a Coelogyne tomentosa é referida como uma orquídea de climas temperados a quentes, mas a minha experiência é totalmente oposta. O meu exemplar está todo o ano no meu jardim, no exterior, pendurada numa pérgula protegida do sol por uma rede de
sombra. As temperaturas no verão sobem aos trinta e muitos, mas no inverno podem descer até aos cinco graus. Acho que será talvez uma planta bastante adaptável a temperaturas mais baixas e não terá grandes problemas desde que fique num local livre de geadas.

As regas são abundantes e frequentes a partir de abril, quando os dias crescem e são mais quentes, que vou depois reduzindo a partir do final de setembro. A minha planta está à chuva, por isso, durante o outono e inverno é regada pelo São Pedro, ou seja, deixo de me preocupar com as regas. Nunca tive problemas com excesso de água, mas em locais menos arejados eu aconselhava protegerem a planta quando há muita chuva.

As flores são lindas. Têm entre 6-7 cm e as sépalas e pétalas têm uma cor creme-amarelada. Mas toda a beleza está no labelo trilobado, com a
mesma cor de fundo amarelo-pálido, mas com umas bonitas marcas no interior e laterais castanhas percorridas por estrias simétricas no mesmo tom cremoso. No centro do labelo está a mais bonita característica, parecem folhos ou golas isabelinas. Uma adorável perfeição.

Uma orquídea que será com certeza um acréscimo nas vossas coleções.

 

 

Aprenda tudo sobre orquídeas com o especialista José Santos.

 

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