Saiba quais são as principais características desta infestante e como combatê-la.
Praga
Orobanche crenata ou O aegyptiaca
Nome comum
Erva-toira, penachos, brincalheta, rabo de raposa, orobanca.
Características
Planta parasita que tem entre 10-60 cm de altura, sem clorofila, que pode ter a cor amarela, branca, azul. A parte terminal, tem cerca de 10 a 20 flores, na maioria das espécies. As sementes são castanhas, tornando-se pretas.
Ciclo biológico
As flores, vão produzir as sementes (9.000-10.000), que se mantêm no terreno até ao princípio da estação das chuvas.
Assim que absorve a água mantém-se 5-21 dias no terreno, até que surjam as temperaturas de 15-20ºC e um hospedeiro por perto para germinar. As sementes desta planta (0,15-0,5 mm) mantêm-se dormentes no solo durante muitos anos (1016 anos), até surgir o hospedeiro ideal para parasitar as raízes. Assim que o “Haustotium” (raiz do parasita) se liga ao seu hospedeiro pela raiz, penetra e utiliza os nutrientes e a água da planta hospedeira.
O ciclo completo dura cerca de 10 a 15 semanas até a “O. crenata” produzir novas sementes e morrer. As sementes, muito pequenas, podem facilmente ser transportadas pelo, vento, água, animais, homem e contaminar outros campos.
Plantas mais sensíveis
Leguminosas, como favas, ervilhas, lentilhas, grão, salsa, tomate, beringela, alface, gerânio e verbena, tabaco e girassol.
Danos
As plantas ficam fracas, com amarelecimento das folhas e stress de água. Toda a planta é afetada, desde as raízes, folhas e flores e frutos.
Combate biológico
Prevenção/aspetos agronómicos
Fazer rotações de mais de 16 anos em terrenos, onde se registou a presença deste parasita; Escolher variedades de leguminosas resistentes; Irrigação adequada; monda da erva parasita, assim que apareça; Culturas “armadilha”, servem para estimular o aparecimento da “ervamoira” e colhê-la eliminá-la antes da instalação da cultura principal (ex: milho, feijão, sorgo, trevo de Alexandria, etc.); técnica da solarização com plástico transparente; semear mais cedo (ex: favas)
Luta biológica
O fungo “Sclerotinia sclerotiorum” e o “Fusarium oxysporum”, já foram utilizados no combate a esta praga em culturas de tabaco e girassol.
Foto: Pedro Rau
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