Hortícolas

Couve portuguesa

Esta é a couve de inverno e que é indispensável para o Natal na maior parte das casas portuguesas.

Altura: 60 cm.

Época de sementeira: Semear todas as sementes de couve em tabuleiros, vasos ou numa sementeira entre junho-julho e, após 5-7 semanas, transplantar para a local definitivo.

Local de cultivo aconselhado: Prefere solos de textura média ou argilosa, soltos, frescos, profundos, bem drenados e férteis. Muito resistente ao frio (-8 °C); as temperaturas baixas contribuem para o sabor adocicado que as caracteriza. Pode estar numa zona de sol ou meia-sombra.

Manutenção: Na fase da sementeira e nos períodos mais secos, devem ser regadas diariamente e, depois uma ou duas vezes por semana, se houver perigo de secarem. Deve-se cobrir os caules com terra para apoiar as plantas à medida que crescem; cortar e retirar as folhas exteriores mortas.

A couve-portuguesa, Brassica oleracea pertence à família das Crucíferas ou Brássicas. É uma planta anual, herbácea, também conhecida como couve-penca ou tronchuda, é uma couve de inverno, de folhas verdes e largas, talos carnudos, com bastantes nervuras brancas.

Esta variedade de couve atinge uns 60 centímetros de altura, as suas folhas têm grande teor de clorofila e carotenoides, são ricas em pró-vitamina A e em cálcio de elevada biodisponibilidade.

As variedades mais conhecidas são as pencas de Chaves, de Mirandela e da Póvoa.

Condições ótimas de cultivo

A couve-portuguesa adapta-se a vários tipos de solos, mas prefere solos de textura média ou argilosa, soltos, frescos, profundos, bem drenados, bastante férteis e de uma humidade regular para o desenvolvimento saudável. O pH deve ser de 6,5-7,0. Esta espécie é muito resistente ao frio (-8 °C); as temperaturas baixas contribuem para o sabor adocicado que as caracteriza.

A couve-portuguesa possui uma elevada adaptabilidade a diferentes tipos de solos e tolera a exposição a brisas marítimas. Tem um crescimento lento de pelo menos três meses.

Sementeira e/ou plantação

Neste tipo de cultura, é preferível semear todas as sementes de couve em tabuleiros, vasos ou numa sementeira entre junho-julho e, após 5 a 7 semanas (setembro), transplantar para a local definitivo, tanto nos vasos como nos canteiros, planta-se de modo a que a parte de cima fique à superfície e deve-se fazer aproximadamente em entrelinhas de 45 x 45 centímetros de distância.

Cuidados culturais

As couves não precisam de sol direto ou sombra parcial, mas gostam de uma terra fértil que retenha humidade e seja ligeiramente alcalina. Acima de tudo, a terra tem de ser firme. As terras leves e arenosas devem ser melhoradas adicionando composto ou estrume uma estação antes.

Na fase da sementeira e durante o período mais seco, a cultura da couve exige rega diária e, depois, uma ou duas vezes por semana se houver perigo de secarem. Devem-se cobrir os caules com terra para apoiar as plantas à medida que crescem; cortar e retirar as folhas exteriores mortas.

ROTAÇÕES E CONSOCIAÇÕES FAVORÁVEIS

Para melhor desenvolvimento da cultura da couve, devem-se respeitar as rotações de culturas, pois esta permite melhorar as características físicas, químicas e biológicas do solo, impedindo a fadiga da terra e o esgotamento contínuo dos nutrientes.

Depois de retirada a cultura, não deve plantar no mesmo terreno produtos da mesma espécie, pelo menos entre 5-6 anos. A Cebola, alho, batata, abóbora, pepino, melão, melancia, beterraba são boas opções para este período.

Nota: Caso faça consociação de plantas não necessita de aguardar os cinco ou seis anos

Exemplo: Precedentes favoráveis desta cultura – tomate, beringela, abóbora, pepino, aboborinha, ervilhas etc.).

Exemplo: Precedentes não favoráveis – menta, rabanete, sálvia e tomilho.

Consociações favoráveis: acelga, aipo, alho, alho-francês, beterraba, espinafre, ervilha, feijão.

Exemplo: O cultivo da “couve e aipo” – o aipo, semeado em filas alternadas, repele a lagarta da couve.

Exemplo: O cultivo da “couve e tomilho” – o tomilho, em vasos ou disperso entre a cultura, repele a mosca-da-couve.

Colheita e conservação

A colheita é feita no inverno, quando as folhas interiores estão sobrepostas ou formam um repolho pouco consistente, cortando-se manualmente com uma faca. As couves de inverno colhem-se sempre que necessário, são resistentes ao frio e demoram a reproduzir-se, por isso não é preciso apanhar a cultura inteira se houver ameaça de geada.

Após a colheita da couve (se a planta estiver em boas condições, sem sintomas de pragas), pode continuar no solo/substrato. Nestas condições, e durante o final do inverno, a planta irá emitir novos rebentos de folhas denominados “netinhos”, que se não forem colhidos evoluem para a formação de inflorescências, passando a designar-se por “espigos”.

Gostou deste artigo?
Então leia a nossa Revista, subscreva o canal da Jardins no Youtube, e siga-nos no Facebook, Instagram e Pinterest.


Poderá Também Gostar