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Edição Especial “Flower Power”: Ana Lúcia Lopes

Formada em Engenharia Agrícola, fala-nos de como começou, há quase 20 anos, esta empresa que produz um grande número de arbustos floridos para venda no mercado nacional e internacional.

Como e quando nasceu a empresa?

Esta empresa nasceu de um projeto de jovem agricultora que fiz depois de ter ficado desempregada no ano de 2001.

Qual a localização geográfica e área de produção?

A produção localiza-se na Póvoa de Lanhoso e tem uma área total de 15 hectares.

Quantas pessoas trabalham na empresa permanentemen- te e sazonalmente?

Somos seis trabalhadores em regime permanente. E mais quatro eventuais nas épocas de maior intensidade de trabalho.

Esta é uma atividade sazonal ou conseguem ter produção ao longo de todo o ano?

Conseguimos garantir uma produção de plantas ao longo de todo o ano.

Que tipo de plantas produzem?

Somos especializados na produção de uma série de arbustos de flor em vaso de 10 litros que vendemos para vários garden centers ao longo de todo o País e no estrangeiro. Produzimos arbustos como abélia, Choysia, Callistemon, Ceanothus, Lavandula, Grevillea, entre outros.

A produção de plantas destina-se ao mercado nacional, para exportação ou ambos?

Da totalidade da nossa produção, 80 por cento é para a exportação e 20 por cento para comercialização no mercado nacional.

Quem são os maiores compradores das vossas plantas a nível nacional e internacional?

A nível nacional, os clientes são na sua maioria garden centers e, ao nível da exportação, são empresas grossistas que compram para revenda em pontos de venda nos vários países da Europa.

Têm alguns pontos de venda direta ao público das vossas plantas?

Não temos venda ao público.

Qual o impacto económico e social que a pandemia de COVID-19 causou neste sector, uma vez que atingiu a época de maior produção e comercialização de plantas?

Uma vez que a pandemia e o confinamento foram exatamente no período de maior exportação, tivemos uma quebra de faturação da ordem dos 60 por cento em relação ao ano anterior.

Como é que vê o futuro deste sector tão importante para a sociedade portuguesa, quer em termos económicos quer em termos sociais, pela criação de emprego e pela ocupação de solos de forma produtiva em zonas muitas vezes deprimidas economicamente?

Atualmente, os grandes estrangulamentos deste sector são a falta de mão de obra, tanto qualificada como mais básica, e a inexistência de área agrícola para podermos crescer. As leis não promovem o emparcelamento e o arrendamento, temos muitas áreas abandonadas e não temos terra disponível para cultivo. Dado que as preocupações ambientais estão na ordem do dia, penso que o nosso sector vai ser mais acarinhado no futuro, pelo menos estou otimista.

Quer deixar alguma mensagem ou apelo aos leitores da Jardins em relação a este sector, uma vez que são consumidores de plantas?

Que contactem mais com a Natureza e a tragam para suas casas. O nosso País tem paisagens lindíssimas e muito diversificadas à espera de serem descobertas; ansiedades, depressões e outras que tais ficam mais fáceis de resolver quando entramos em sintonia com a Natureza.

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